quinta-feira, 21 de abril de 2011

A Troika que veio para Roubar.

Para quem ainda restava dúvidas sobre o teor da ingerência do FMI em Portugal,  nos últimos dias foi possível perceber com toda a clareza as intenções deste órgão.

A Troika que se apresenta agora em solo nacional, num verdadeiro acto de ingerência e de ataque à soberania nacional, com o apoio do PS, PSD e CDS (aliás os responsáveis pela situação económica e social do País), já começou a deixar escapar algumas das suas intenções para o futuro.

É importante lembrar quem é esta Troika para que não se  caia  na tentação de pensar que os seus membros vieram a Portugal para ajudar. Pois bem, esta é composta pela Comissão Europeia, pelo Banco Central Europeu e pelo Fundo Monetário Internacional. Todos os três, ferramentas ao serviço dos interesses do capital.

Mas voltemos ao assunto central. Tal como o PCP esperava e sempre afirmara, a Troika não veio para dar nada a ninguém mas sim para cobrar e retirar.

Aliás a história o tem mostrado, pergunte-se aos Gregos ou aos Brasileiros quais foram os resultados da estadia do FMI nos seus países.

Quanto à recolha de mais dinheiro através da subida de impostos  ainda não houve qualquer nota solta, já quanto à preparação do terreno para avançar de acordo com as necessidades do patronato e do capital essas começam agora a ser conhecidas.

Por isso mesmo não admira que as primeiras intenções conhecidas seja o baixar o preço dos despedimentos, a flexibilização laboral e o facilitar dos despedimentos. Estas são as grandes aspirações do capital e se até ao momento a UGT e os patrões não tiveram força para as impor, o FMI surge agora sobre o pretexto da inevitabilidade para responder às suas necessidades.

Mas não contentes ainda, as confederações de patrões falam ainda em congelar o aumento do salário mínimo previsto  para Junho, na necessidade do desmantelamento do sector empresarial do estado e mostram o seu regozijo com o conhecimento dos técnicos da Troika da situaçao nacional. Pudera é tudo farinha do mesmo saco.

Os tempos que se seguem certamente serão muito difíceis, mas há alternativas ao roubo de direitos e à precarização que a Troika quer impor com o apoio dos partidos do sistema e com o apoio dos patrões e os sindicatos do seu eixo.

O que os portugueses precisam é de um verdadeiro combate  à corrupção e ao compadrio, mais emprego com direitos e melhores salários que lhe aumentem as suas condições de vida e que coloquem a economia a funcionar de forma reduzir o défice do estado. Enquanto assim não acontecer iremos  continuar a ouvir e a sentir a crise, enquanto um punhado de srs. irá continuar a enriquecer à custa  do sofrimento e da exploração de quem trabalha.

Segunda feira irá comemorar-se o  37 aniversário do 25 de Abril. O 25 de Abril abriu portas para uma vida melhor, no entanto o processo de recuperação capitalista que tem vindo a desenvolver-se à 35 anos, estando nesta altura numa nova fase.... a fase da Troika.

Este 25 de Abril comemorar a revolução é lutar contra a troika e contra a exploração, é lutar por um Portugal Soberano e é lutar por todos nós.

Não precisamos de Troikas ou FMI, precisamos de uma outra politica que mude o rumo do País e que nos leve novamente para os caminhos de Abril.