domingo, 6 de novembro de 2011

Capitão Fantasma.

Embora não seja habitual postar fotos de concertos, pela qualidade dramática do concerto, aqui ficam algumas de Capitão Fantasma no Side-B em Benavente.




O Couço não se Rende.

Ontem e mais uma vez a população do Couço e através da organização da Comissão de Utentes de Serviços Públicos, saiu à rua para lutar pela manutenção dos serviços públicos na freguesia.

Desta vez a população realizou um cordão humanos que passava pelos serviços públicos da freguesia, quer os já encerrados como o balcão da Segurança Social, quer pelos ainda em funcionamento mas sob constante ameaça.

Entre as diversas palavras de ordem podia-se escutar: - Quanto mais calados, mais roubados! - Governo escuta, o Couço está em luta!.

 Mais uma vez o Couço dá o exemplo.


quarta-feira, 19 de outubro de 2011

A Hora é de Luta.

Há algumas semanas atrás visualizei uma reportagem onde uma equipa da RTP em Atenas observava o estado de espírito do povo Grego naquela cidade.

Concluíam após algumas entrevistas que o povo grego é hoje um povo mais triste, mais deprimido e tudo devido ao rumo que os dirigentes do seu País insistem em dar-lhe. Rumo esse imposto pelo grande capital e pelos seus especuladores e que por sinal são os mesmos que vão pairando por cá.

O retrato traçado era desolador: comércio encerrado ou ás moscas, o aumento da pobreza e a explosão do desemprego. Tudo fruto de um conjunto de medidas que agora também por cá vão começar a ser anunciadas por via do orçamento de Estado.

Um orçamento de estado criminoso que é um tiro nas funções sociais do estado, que ataca os trabalhadores e os seus direitos, que é parte de um enorme retrocesso social e que já nem esconde que é um verdadeiro roubo aos trabalhadores portugueses.

Hoje os gregos iniciaram mais um dia de Greve Geral.  Para além da Greve Geral e convocados e organizados pelas Centrais Sindicais, são mais de 70 mil nas ruas a  reivindicar por uma mudança de políticas e de rumo para a Grécia.

Para o PSD/CDS o exemplo da Grécia de nada serve. Preferem continuar a estrangular o País e a destruir a vida dos trabalhadores.

A gravidade das medidas é tão grande que nem a UGT já consegue disfarçar e viu-se obrigada a participar numa iniciativa conjunta com a CGTP.

Está então convocada a Greve Geral. É bom que todos percebam que desta vez é a valer. O que está em causa já não é os interesses de cada um de nós mas sim os interesses colectivos de Portugal e do seu povo, a nossa soberania e o nosso futuro.

A resposta não podia já ser outra. É urgente que se demonstre o descontentamento para que as medidas agora propostas encontrem para além da oposição na AR a oposição do povo e dos trabalhadores.

Desta vez não há desculpa e ninguém pode ficar de fora. A hora é de Luta, a hora é de Greve Geral.

Simplesmente um caso de Higiene Pública

As fotos a baixo são da Praceta P. José Alves em Santo Antonino.

Os milhões de pequenos pontos brancos que se podem observar à distância quer no chão quer nas árvores, são excrementos de pássaros.

Um local onde muito brinquei em miúdo e onde ainda vivem algumas crianças, encontra-se vetado ao abandono e neste estado.

Há conversa com alguns moradores, para além de escutar os seus lamentos sobre o barulho com que são confrontados todas as noite devido ao excesso de aves no local,  foi-me possível perceber que as árvores estão já afectadas pelo excesso de excrementos e  que qualquer viatura que fique estacionada junto às árvores no outro dia está completamente irreconhecível.

Um verdadeiro caso de falta de higiene pública onde a Câmara Municipal ou por incapacidade ou inoperância ainda nada fez. Bastava podar as árvores para afastar o excesso de aves e lavar o chão.

E é para isto que os coruchenses mais uma vez paga a taxa de IMI no seu valor mais alto!






sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Autoritarismo.

A ultima sessão da Assembleia Municipal de Coruche foi no mínimo reveladora do carácter autoritário e desrespeitoso do  Partido Socialista em Coruche.

De forma autoritária ficou bem demarcada a forma arrogante com que esta a ser conduzido o concelho de Coruche e se de facto há algum tempo acusei o executivo de estar a transformar Coruche numa espécie de regime Madeirense, devido a falta de respeito pelas liberdades e pela oposição, nesta sessão isso ficou bem patente.

A Assembleia Municipal começou com a aprovação das actas das reuniões anteriores e aqui perante as criticas sobretudo do PSD por terem sido literalmente apagadas algumas das suas intervenções, o 1 secretario teve a desfaçatez de assumir que estas foram cortadas porque assim entendeu uma vez que nao tinham sido consideradas como declaração de voto. 
Pois bem, erro ou não uma vez que o 1 secretario e jurista de profissão, as actas devem ser o mais aproximado possível do que se passou nas reuniões da Assembleia Municipal e não o que o lápis de colorir da mesa da Assembleia considera que deve ser.
Mas de facto este e só mais um dos tiques que se tem sentido por parte da mesa que parece querer imitar o Presidente da Câmara e que muitas vezes da todo o tempo as intervenções do PS  e deixa os eleitos de outras forcas politicas sem poder dar resposta.

Seguidamente a CDU apresentou um voto de pesar pelo grande homem que foi Manuel Coelho (aprovado por unanimidade), seguido de uma moção contra a extinção de freguesias e municípios e de   um voto de recomendação. à Câmara.

Quanto à moção, gerou-se o caos no seio do PS. Era vê-los a divergir e alguns a defenderem mesmo a extinção de freguesias. Hipocrisia das hipocrisias quando PS assumiu que votaria favoravelmente a moção desde que a CDU retirasse desta, o 1º parágrafo que fazia referência à extinção estar prevista no memorando da Troika (devem ter assinado sem saber) e o parágrafo onde era afirmado a posição de estar contra a extinção de freguesias nomeadamente em Coruche.

Pergunto-me; será que pretendem fundir a Lamarosa e a Erra?
O argumento de que não estaria previsto extinções ou fusões de freguesias no livro verde, não colhe uma vez que também não estaria previsto o roubo no subsidio de Natal e aí está ele.

Quanto à recomendação fazia referência ao facto de a Câmara ter deslocado 3 trabalhadoras auxiliares de educação para  locais de trabalho diferentes dos habituais, tendo estas que percorrer uma distancia de 30 ou 50 km diárias para fazerem o seu percurso de ida e volta para o trabalho. Trabalhadoras com um vencimento de 500€, que para o fazerem precisam pelo menos de abdicar de 100€ mensais do seu salário, ficando claramente prejudicadas em relação aos seus colegas.

A bancada do PS, como bancada de esquerda responsável e ao lado dos trabalhadores, não se fez rogado e saltou imediatamente em defesas dos trabalhadores, enfrentando o Presidente da Câmara e aprovando o voto de recomendação que apontava à Câmara a necessidade de subsidiar as deslocações a estas trabalhadoras. UPS.... não foi nada disso que se passou.

Na realidade limitaram-se a votar simplesmente contra e a afirmarem que confiavam no executivo e que este não precisa de recomendações.

Ainda sobre este assunto e depois de ter demonstrado toda a sua prepotência ao Presidente da Assembleia Municipal, o Presidente da Câmara resolveu dizer que era tudo mentira. Pois bem será mesmo que é? Então e a carta que o STAL enviou aos grupos municipais e aos vereadores a expor a situação? E a reunião que houve ontem com o STAL sobre este assunto? E as perguntas feitas pelos vereadores da CDU e cujo a vereadora responsável pelo pelouro da educação fugiu a responder? E uma das trabalhadoras não é mulher de um delegado sindical do STAL?
Já nem tentam disfarçar.

Depois veio a fixação de taxas de IMI. Mais uma vez os coruchenses são forçados pelo PS a pagar a taxa máxima.

Já no final da Assembleia foram colocadas algumas questões sobre a actividade da Câmara e parece-me ser pertinente destacar dois assuntos: o transporte das crianças de Santa Justa para a escola e a ingerência nos plenários do STAL.

Os meninos de Santa Justa, como ficam a menos de 4 kms da escola, este ano não têm direito ao pagamento do transporte por parte da Câmara. Aliás para que mantenham o transporte está a ser solicitado aos pais que comparticipem a viagem em cerca de 18€ mensais por menino.
Assim a Câmara assume como não interessa a perigosidade do percurso, que tem uma ponte perigosa e uma estrada nacional muito movimentada, mas sim a distancia como critério. Foi para isso que fecharam as escolas nas localidades?

De incrédulo é de ficar se tivermos em conta que antes disto o Presidente da Câmara afirmou diversas vezes que a Autarquia tem uma boa situação financeira e que tem 1 milhão e 800 mil euros a prazo no banco. 
É triste mas é verdade, para o comboio durante 2 anos foram rios de dinheiro e para as crianças falam em contenção e tentam ainda extorquir dinheiro aos pais.
E vão duas da vereadora da educação!
Por fim a situação inédita de ingerência do PS na actividade sindical dos trabalhadores da autarquia.
Desde a saga da opção gestionária em que o Sr. Presidente se comprometeu adoptar essa 3 dias antes das eleições e um mês depois desta dá o dito por não dito (isto tem um adjectivo...), a relação da maioria do PS na Câmara com os trabalhadores nunca mais foi a mesma.

Já negavam autocarros solicitados pelo STAL para transporte de trabalhadores para plenários e manifestações (coisa que nunca tinha acontecido antes) e agora proibiram a realização de um plenário na zona industrial.

Estavam 2 plenários agendados pelo STAL para o dia 22 de Setembro, um no pavilhão Municipal e outro para o refeitório das instalações da Câmara na Zona Industrial do Monte da Barca (este já havia sido pedido por a Câmara ter recusado a cedência do Auditório do Observatório do Sobreiro e da Cortiça).

Já pela voz da acessora do Sr. Presidente tinha sido manifestado o descontentamento deste em relação à realização do plenário, mas sendo esta jurista de profissão não teve a coragem de tentar impedir a realização do plenário.

A porca troce o rabo quando no dia 22, o chefe se secção recusa-se a permitir a realização do plenário por instrução do Vice- Presidente da Câmara, pelo facto de supostamente não estar autorizada a realização de plenário.

Depois de algum confronto de palavras, o plenário acabou por se realizar mas na rua.

Indescritível ainda é o facto do Presidente da Câmara assumir esta posição de forma autoritária na reunião da Assembleia Municipal quando contrariado.
Desde quando é que para a realização de plenários ou de actividade sindical é preciso a autorização do Presidente? E o PS? nem ver... encolhidos nas suas cadeiras.

Este pequeno resumo da última Assembleia Municipal é bem revelador de um certo tipo de tiques que começam a tornar-se preocupantes e que não só revelam uma enorme falta de respeito como um sentimento de impunidade por parte do PS em Coruche.

O que mais virá a seguir? Cargas policiais?

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Reformistas e fazedores de opinião.

Estou farto! Vão-me o 13º mês, roubam-me através do IVA, do combustível, das propinas que inclusive mal conta para as despesas no IRS e enquanto isso só se vê e ouvem diversos fazedores de opinião nos jornais, rádio e  tv a afirmar convictamente que é inevitável.

É impossível alguém acreditar que reduzindo as indemnizações em caso de despedimento que se irá criar mais postos de trabalho. Mas perguntem a um Sr. de nome Camilo Lourenço que todos os dias tem 2 espaços na Rádio M80 e uma ou duas vezes por semana na RTP. A resposta dele é sempre a mesma:- É necessário!
Ontem em concertação social foi dado a conhecer as propostas do governo para legalizar o despedimento por incumprimento de objectivos. No fórum da TSF a discussão era no mínimo repugnante. Indivíduos a efectuarem chamadas em que o teor da conversa era:- despeçam os meus colegas. Eu sou bom não hei-de ser despedido, -As empresas não aguentam mais, os trabalhadores não querem trabalhar e não há forma de os despedir, etc.

Mas o que é isto?
Mas o pior foi ainda esta manhã o mesmo Sr. Camilo Lourenço afirmar que não conhece trabalhadores e que não opinião dele existe produtividade e capacidade intelectual e quem pode, pode os outros que se adaptem.

Diálogo do mais neoliberal que pode existir, visando meter trabalhadores contra trabalhadores num ambiente de salve-se quem poder que somente vai conduzir o País a um retrocesso social enorme e que vai colocar as relações de trabalho no patamar do séc. XIX.

Mas será que esta gente sabe o que é trabalhar numa empresa? estar 8 ou 12h diárias de baixo de pressão constante, de medo e de raiva? Será que sabem o que é trabalhar um dia inteiro em tarefas monótonas e repetitivas que mais cedo ou mais tarde acabam por gerar doenças profissionais que serão fundamento para encaminhar os trabalhadores para o desemprego?
Saber sabem porque pertencem a uma de três estirpes de indevidos com características tão negativas como o individualismo e o egocentrismo. São eles: patrões,  chefias que sobem a pulso e por fim aqueles que são os mais perigosos e que até consideram que a conversa do capital contra o trabalho é errada, os agentes do mundo financeiro.
A esta gente devia-se colocar um rótulo a dizer hipócrita bem no meio da testa.
Experimenteo Sr. Camilo Lourenço e os restantes irem trabalhar para uma corticeira do Grupo Amorim e depois digam-me todas essas "tretas" que agora afirmam confortavelmente sentados na sua cadeira de pele.

E a seguir o que pretendem? acabar com um limite diário de horas de trabalho? Pois bem veja-se os excelentes resultados da France Telecom, onde se suicidam funcionários e dos supermercados da Jerónimo Martins na Polónia, onde mulheres entram em trabalho de parto e outras abortam enquanto trabalham.

Por exemplo como estes é que é cada vez mais importante e decisivo que os trabalhadores portugueses enfrentem estes tipo de medidas. Só os trabalhadores podem travar este enorme retrocesso social e sinceramente acredito que o povo não é parvo e sabe quando estão a pisar e independentemente das frustrações e desilusões do dia a dia que no dia 1 de Outubro irão estar à altura na Grande Manifestação convocada pela CGTP.

Aos que quiserem participar, há transportes organizados a sair do Couço.

domingo, 18 de setembro de 2011

Sitio Classificado da Agolada.

Como dizia o poeta: " o mundo pula e avança como bola colorida entre mãos de uma criança". Infelizmente nem sempre esse avançar é o mais correcto e a evolução dos tempos não é sempre significado de melhorias nas vida dos seres humanos.

A perspectiva dos três oitos, defendia que é possível dividir um dia em três períodos e assim ajudar a sociedade a desenvolver-se e ao mesmo tempo ter qualidade de vida e evoluir enquanto ser humano tanto a nível pessoal como profissional.

Sabemos que hoje e devido em muito às mudanças que o mundo do trabalho tem sofrido tanto em horários como em aspecto de localização, hoje é cada vez mais raro alguém trabalhar oito horas e depois poder ir relaxar e gozar algum tempo livre.

Existem locais que bela sua beleza natural e pela sua proximidade dos aglomerados populacionais, são locais com características ideais para que as populações mais próximas possam desfrutar deles.
Um desses sitio é o Açude da Agolada. Lembro-me de ir lá em miúdo com os meus pais e ver o Açude repleto de famílias que aproveitavam os fins de semana para fazerem pic-nics, para pescarem ou simplesmente tomarem banho nas águas da Agolada.
Mais recentemente e embora com muita irregularidade, sempre que me é possível aproveito para ir correr um pouco até lá. Tenho observado assim ao longo dos tempos a degradação que este lugar, aliás considerado como sítio classificado pelo Ministério do Ambiente, tem sofrido ano após ano.

Na realidade a caminho do Açude já se acham pequenas pérolas do desmazelo político que vai havendo no concelho de Coruche, seja as estradas esburacadas, as canas e o mato a entrar pela estrada a dentro, esgotos entupidos ou até simplesmente uma placa toponímica completamente degradada.
Mas o Açude da Agolada,, está realmente "entregue aos bichos". Ele é bancos partidos e reparados pela boa vontade de alguém, vedações partidas e igualmente reparadas, casas de banho desactivadas, chafarizes sem torneiras e sem água, painéis informativos e o circuito de manutenção completamente destruídos e sobretudo muito lixo.

Enquanto este espaço se degrada a maioria do PS na Câmara de Coruche faz de conta que não vê nada e vai deixando passar. Aliás a única coisa que tem feito é pagar aos nadadores salvadores para no Verão vigiarem o local.

Este é mais um exemplo da falta de coragem do PS em Coruche e enquanto isso o Açude da Agolada que deveria  estar cuidado e disponível para todos os coruchenses, pelo contrário afasta cada vez mais as pessoas.

O argumento de que as pessoas degradavam o Açude já há muito que caiu  por terra, visto que na altura em que a CDU estava no poder na Câmara de Coruche, este era limpo e arranjado sempre que preciso. E agora? agora é ver as fotos.











Lamentável mas é verdade e enquanto isso vão brincando aos comboios.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Mentiras e A23.

Na passada sexta- feira dia 9 de Setembro, foi a votação na Assembleia da República o projecto de resolução do PCP que previa o fim das portagens na A23. O resultado da votação e ao contrário do que era previsto pelas promessas eleitorais, foi um chumbo imposto pela troika nacional.

É reconhecido por todos a importância que esta estrada tem para as populações do Norte do Distrito de Santarém e o facto de não haverem verdadeiras alternativas, no entanto os 9 deputados do PSD, PS e CDS eleitos pelo circulo eleitoral de Santarém, tiveram a coragem devotar contra esta proposta do PCP.

Assim se vê os escrúpulos desta gente!  Desfizeram-se em declarações de voto mas o mal já estava feito.
Mentiram e burlaram quem votou neles!

Verdadeiros bandidos a roubar o povo!

domingo, 11 de setembro de 2011

A Rádio não disse, a Televisão não mostrou:

A Rádio não disse, a Televisão não mostrou, não porque não fosse um dos maiores momentos políticos do País ou que em matéria cultural fosse uma Festa muito inferior às de outros anos... simplesmente não interessa mostrar o vigor desta grande Festa e do grande colectivo partidário que é o PCP.

Não deixa de ser até irónico, a roçar o sádico o destaque que foi dado pela comunicação social ao Congresso do PS. Momento de fantochada do sistema, onde o Seguro, o  fantoche do sistema que serviu de abutre na noite das eleições legislativas e que agora carregado em ombros tenta fazer  de pipo para esvaziar a pressão existente em Portugal e assim evitar a contestação já existente, encenava a cada gesto uma manobra de diversão. Ele era vê-lo a deslocar-se até à comunicação social e a cumprimentá-los!

Quanto ao servir de pipo eu pessoalmente não tenho duvidas nenhumas, veja-se o Mário Soares cheio de emoção. Pudera este rapaz acalma os ânimos e assim tudo continua supostamente bem na pequena democracia burguesa que ajudou a erguer. 

Mas voltando ao inicio; não quiseram mostrar, mas há quem tenha profissionalismo no jornalismo. Deixo aqui um artigo do Jornalista do DN, Pedro Tadeu. O mesmo que foi perseguido por causa do conhecimento que tinha das escutas telefónicas em torno do processo "Casa Pia" e talvez mais algum.

O que eu aprendi com a Festa do Avante
 Ao longo da vida, aprendi várias coisas com a Festa do Avante!, onde este fim-de-semana não fui. Comecei, na adolescência, por sentir como é emocionante ouvir música amplificada em milhares de watts eléctricos soprados ao ar livre, coisa então rara de se ouvir em Portugal. Descobri que havia muitas músicas, de muitas partes do mundo, a soar tão ou mais excitantes do que o rock que tocava no meu gira-discos. Entendi, assim, como era diverso o planeta.
Vi divertirem-se, juntos, velhos e novos, pais e filhos. Olhei, pela primeira vez, com atenção, para uma exposição de pintura. Bebi, desconfiado, um cocktail taino. Provei sopa de cação. Namorei deitado na relva. Foi ali que um tipo, que não conhecia e me chamava camarada, me convenceu a cortar o cabelo à escovinha na véspera de eu ir para a tropa.
Trabalhei alguns meses no gabinete de projecto da Festa do Avante!, comandado pelo engenheiro e recordista da resistência à tortura do sono, Fernando Vicente, e pelo grande artista plástico Rogério Ribeiro. Ali imaginei o que seria ser Deus antes do Génesis e soube como o desenho numa planta de arquitecto se transforma num painel, numa canalização, numa rede eléctrica, num balneário, num camarim, num jogo de bandeiras decorativas, numa exposição, num palco, numa tasquinha, num pequeno mundo complexo, num ecossistema de três dias preparado para receber meio milhão de pessoas.
E, depois, calhou trabalhar com Ruben de Carvalho, o homem mais impressionante que já conheci, pensador e produtor por 35 vezes do programa cultural deste festival, um recorde do mundo. Com ele aprendi ser sempre mais difícil decidir quem actua a meio da tarde do que escolher quem encerra a noite. Vi como era preciso ter coragem para dizer não a músicos ligados ao PCP, que caíam na tentação de querer transformar a festa de todos numa coutada exclusiva.
Aprendi como se fabricam as grandes ideias e as dezenas de horas de discussão redonda, esgotantes, que é preciso ter para lá chegar. Vi como surgiram os filões das músicas brasileiras, folk ou africana, sempre um pouco à frente das modas em que elas depois se transformaram, e registei como aconteceu a que agora é marca definitiva do evento: o grande concerto de música clássica.
Na Festa do Avante! ensinaram-me, como a muitos outros, o essencial do que me transformou num profissional bem-sucedido: é preciso entender o quadro geral de um problema e dar importância aos detalhes que fazem a diferença.
Ali aprendi, portanto, que a cultura, afinal, é mais importante do que a política... Não é, Ruben?














quarta-feira, 31 de agosto de 2011

A Festa vai começar.

A Festa do Avante 2011 já arrancou há muito tempo com a sua construção a começar logo em Junho.
No entanto e agora que estamos a menos de uma semana para a Festa abrir as portas a quem a queira visitar, faz todo o sentido deixar algumas imagens do seu processo de construção e de quem nela trabalha um Verão inteiro para construir uma cidade que durante três dias por ano é o modelo de sociedade em que os comunistas acreditam. Uma sociedade mais justa e solidaria, construída com o esforço de  todos e para o bem de todos.

Ficam as imagens das Jornadas de trabalho para a implantação da Festa do Avante 2011: