terça-feira, 26 de abril de 2011

Para reflectir.

Simplesmente para reflectir.

25 de Abril Sempre.

Passados 37 anos da Revolução dos Cravos, faz hoje mais sentido do que nunca celebrar Abril e insistir na sua consolidação para ultrapassar as dificuldades que hoje a generalidade dos portugueses sentem.
Abril foi possível através da coragem dos que resistiram ao fascismo, Abril afirmou-se nas ruas e traçou as linhas de uma sociedade mais justa e fraterna. Foi Abril que nos devolveu a liberdade e a esperança.

Hoje, 37 anos depois o capital faz um derradeiro ajuste de contas com as conquistas de Abril. Munido de partido traidores da pátria e da sua soberania como é o caso do PS, PSD e CDS tenta destruir tudo o que de bom e de melhorias laborais, económicas e sociais que o 25 de Abril e a Constituição da República Portuguesa saída dos seus desígnios nos trouxeram.

Ainda hoje, um grupo dominado por "Mais Sociedade" sugeria  que se pudesse cortar nas reformas dependendo do tempo a que os trabalhadores tenham beneficiado  do subsidio de desemprego.

Este grupo da área do PSD, não ignora a realidade. Não ignora que hoje muitos são os trabalhadores que à beira da idade da reforma, se vêem no desemprego e que devido à sua idade não conseguem arranjar emprego.

 Não ignoram a precariedade e a realidade de milhares de jovens que constantemente se vêem  nas malhas do desemprego, devido ao abuso que o patronato faz da contratação a termo e dos recibos verdes.
Muito menos ignoram que o subsidio de desemprego é um direito e que só beneficia dele quem trabalhou e realizou os seus descontos de forma a poder estar abrangido e dessa forma um pouco mais protegido.
Subsidio de desemprego que hoje é 65% do salário do trabalhador.

Eles não ignoram. apenas procuram aos poucos ir retirando pequenas pedras, até desmoronar por completo o estado social tal como o conhecemos.

Esta não é a solução, destruir os apoios sociais e eles sabem disso, no entanto o que está em jogo são interesses e o PSD serve os interesses do capital, tal como no Estado novo a União nacional defendia. Apenas ainda não lhes foi possível destruir o que a Revolução de Abril nos deu.
E se ainda não lhe foi possível é porque Abril é isso mesmo, a vontade do povo e o povo e embora muitas das vezes desiludido, sabe o que quer e sabe que Abril foi uma conquista maior.
No próximo dia 1º Maio, dia internacional do trabalhador,  os trabalhadores portugueses tal como ontem, dia em que por todo o país celebrar e afirmaram Abril, irão lutar pela soberania de Portugal e por uma alternativa politica que volte aos desígnios de Abril, valorizando o trabalho e os trabalhadores e que redistribuía de uma forma justa a riqueza produzida em Portugal.

Abril trouxe muito a Portugal e ao povo português, conquistas que não devido à sua grandeza e ao avanço social que representa, não podem ser apagadas de um dia para o outro.
 Por todas as portas que Abril nos abriu nunca é demais dizer: Viva o 25 de Abril!

quinta-feira, 21 de abril de 2011

A Troika que veio para Roubar.

Para quem ainda restava dúvidas sobre o teor da ingerência do FMI em Portugal,  nos últimos dias foi possível perceber com toda a clareza as intenções deste órgão.

A Troika que se apresenta agora em solo nacional, num verdadeiro acto de ingerência e de ataque à soberania nacional, com o apoio do PS, PSD e CDS (aliás os responsáveis pela situação económica e social do País), já começou a deixar escapar algumas das suas intenções para o futuro.

É importante lembrar quem é esta Troika para que não se  caia  na tentação de pensar que os seus membros vieram a Portugal para ajudar. Pois bem, esta é composta pela Comissão Europeia, pelo Banco Central Europeu e pelo Fundo Monetário Internacional. Todos os três, ferramentas ao serviço dos interesses do capital.

Mas voltemos ao assunto central. Tal como o PCP esperava e sempre afirmara, a Troika não veio para dar nada a ninguém mas sim para cobrar e retirar.

Aliás a história o tem mostrado, pergunte-se aos Gregos ou aos Brasileiros quais foram os resultados da estadia do FMI nos seus países.

Quanto à recolha de mais dinheiro através da subida de impostos  ainda não houve qualquer nota solta, já quanto à preparação do terreno para avançar de acordo com as necessidades do patronato e do capital essas começam agora a ser conhecidas.

Por isso mesmo não admira que as primeiras intenções conhecidas seja o baixar o preço dos despedimentos, a flexibilização laboral e o facilitar dos despedimentos. Estas são as grandes aspirações do capital e se até ao momento a UGT e os patrões não tiveram força para as impor, o FMI surge agora sobre o pretexto da inevitabilidade para responder às suas necessidades.

Mas não contentes ainda, as confederações de patrões falam ainda em congelar o aumento do salário mínimo previsto  para Junho, na necessidade do desmantelamento do sector empresarial do estado e mostram o seu regozijo com o conhecimento dos técnicos da Troika da situaçao nacional. Pudera é tudo farinha do mesmo saco.

Os tempos que se seguem certamente serão muito difíceis, mas há alternativas ao roubo de direitos e à precarização que a Troika quer impor com o apoio dos partidos do sistema e com o apoio dos patrões e os sindicatos do seu eixo.

O que os portugueses precisam é de um verdadeiro combate  à corrupção e ao compadrio, mais emprego com direitos e melhores salários que lhe aumentem as suas condições de vida e que coloquem a economia a funcionar de forma reduzir o défice do estado. Enquanto assim não acontecer iremos  continuar a ouvir e a sentir a crise, enquanto um punhado de srs. irá continuar a enriquecer à custa  do sofrimento e da exploração de quem trabalha.

Segunda feira irá comemorar-se o  37 aniversário do 25 de Abril. O 25 de Abril abriu portas para uma vida melhor, no entanto o processo de recuperação capitalista que tem vindo a desenvolver-se à 35 anos, estando nesta altura numa nova fase.... a fase da Troika.

Este 25 de Abril comemorar a revolução é lutar contra a troika e contra a exploração, é lutar por um Portugal Soberano e é lutar por todos nós.

Não precisamos de Troikas ou FMI, precisamos de uma outra politica que mude o rumo do País e que nos leve novamente para os caminhos de Abril.

terça-feira, 19 de abril de 2011

CDU entregou a Lista para as Eleições Autárquicas no Distrito de Santarém.


A CDU em Santarém entregou hoje no Tribunal de Santarém a lista que irá se apresentar às urnas no próximo dia 5 de Junho.

Uma lista jovem, aliada  à experiência de outros candidatos menos jovens e que integra homens e mulheres, intelectuais, empregados e operários, numa lista que se irá bater para combater as injustiças que se fazem sentir em Portugal e na região e que ao longo da campanha irá apresentar respostas muito concretas para a solução dos problemas nacionais.

Uma lista que defende os ideais e as conquistas de Abril ,que conta com o apoio de Valdemar Henriques, Mandatário Distrital  e Coordenador da União dos Sindicatos de Santarém.

A lista da CDU é então composta pelos seguintes elementos:

  1. António Filipe Gaião Rodrigues
  2. João Luís Madeira Lopes
  3. Liliana Catarina Barroso de Sousa
  4. Mário Fernando Atracado Pereira
  5. Sónia Isabel Campos da Silva Colaço
  6. Maria Leonor Carapinha Rodrigues Parracho Domingos
  7. Rui Miguel Friezas Aldeano
  8. Ana Cristina Santos Banito Lopes Tomé
  9. Maria Manuela Luz Marques
  10. Paulo Jorge da Encarnação Silva Bacelar de Macedo
Candidatos Suplentes:
  1. Maria Amélia Veloso Ribeiro Rodrigues Vitória
  2. Maria Manuela de Oliveira Arsénio
  3. José David da Silva Ribeiro
  4. Anabela Botelho Amaro Almeida
  5. Clara Sofia Matos Ribeiro Pisco




segunda-feira, 18 de abril de 2011

48.

Não são todos iguais.

No passado sábado dia 16 de Abril concentraram-se centenas de utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS), em frente às instalações das respectivas direcções dos Agrupamentos de Centros Saúde (ACES) no distrito de Santarém.

Os utentes organizados pelas comissões locais de utentes e com o apoio de algumas juntas de freguesia e de Câmaras Municipais, reivindicaram junto das direcções dos ACES, por melhores condições no SNS, por mais médicos e pelo transporte de doentes.

Só em Almeirim estiveram algumas centenas de pessoas. Pena é que os responsáveis políticos pela situação em que o SNS está não tenham aparecido ou dado a cara, invés disso limitam-se a dar entrevistas para a comunicação social, revelando os números que todos conhecemos.

Por vezes ouvidos as populações e os utentes do SNS e em tom de desespero dizer que os políticos são todos iguais, mas na verdade não são todos iguais e estas concentrações são o espelho disso mesmo.

Como já havia dito as concentrações foram convocadas por comissões de utentes e foi visível quem foi a força politica que apoiou logisticamente para que as populações pudessem se deslocar para lutar por um direito que é seu. 

Fala-se muito em cidadania, no entanto esta é a verdadeira face da cidadania: o povo a lutar pelos seus direitos. Os partidos que mais falam na cidadania, claro como que um conceito muito distante, só lhe interessam esse mesma cidadania à distância porque depois na hora de apoiar as populações nas suas justas reivindicações, limitam-se a assobiar para o ar. 

Exemplo disso é a Junta de Freguesia da Lamarosa, quando foi para o fediver apoiou os seus munícipes a reclamar junto do Centro de saúde de Coruche, agora que seria para tocar à campainha dos verdadeiros responsáveis, limitou-se a dizer que a Directora do ACES já tinha prometido um médico para a freguesia.
 
Mas onde anda esse médico? Certamente não é nenhum dos 42 médicos colombianos contratados esta semana. Talvez mais perto das eleições autárquicas como acontecem em 2009 no concelho de Alpiarça.

Bem podem depois falar do atraso na abertura do SUB e da falta de médicos no Biscainho e na Lamarosa, quando são complacentes com a politica de destruição do SNS que o governo PS tem levado acabo nos últimos anos.

Mas de facto em politica não são todos iguais; a Junta de Freguesia do Couço e as Câmaras de Benavente, Alpiarça e Chamusca (todas da CDU) deram o apoio à iniciativa cedendo autocarros para o transporte de utentes.

Outro dos factos a registar é que mais uma vez o grupo parlamentar do PCP marcou presença nas concentrações, demonstrando desta forma a sua verdadeira solidariedade com as populações.

Estas concentrações são certamente o inicio de muitas outras lutas que irão ocorrer por todo o País e especialmente pelo distrito de Santarém onde a degradação do SNS é maior e mais evidente a cada dia que passa.





Recordar os que Construíram a história.

No passado dia 14 de Abril, a União dos Sindicatos de Santarém levou acabo uma iniciativa de apresentação do Livro "Contributos para a História do movimento Operário e Sindical- Das raízes até 1977", na Sala de Leitura Bernardo Santareno em Santarém.

Na apresentação do livro estiveram muitos delegados e dirigentes sindicais do distrito de Santarém, alguns ex- dirigentes do movimento sindical e os convidados: Sérgio Ribeiro, Emídio Martins e Carvalho da Silva.

Já passaram alguns dias desde a iniciativa, no entanto não podiam deixar de assinalar sobretudo por dois motivos: 1º porque é importante conhecer para poder intervir e por isso mesmo o passado contém informações que nos são úteis e que no dia a dia nos devem servir de lição e 2º porque com o aproximar das comemorações do 25 de Abril, muito provavelmente não irão faltar os saudosistas do estado novo que irão tentar branquear o fascismo e como tal considero ser muito importante conhecer os homens que o combateram e que foram verdadeiros heróis, ajudando a construir o Portugal de Abril.
Comprei o meu livro, infelizmente não sei quando terei ter tempo para o ler, no entanto as histórias de coragem transmitidas na apresentação do livro não irei esquecer e recomendo a todos vivamente este livro, considerando que o seu maior contributo é ter a capacidade de mostrar a importância do movimento sindical de classe e de que forma influenciou as conquistas sociais e civilizacionais.



sexta-feira, 15 de abril de 2011

Arre Porra que Assim é Demais.

Há já algum tempo que não escutava as noticias na Rádio Voz do Sorraia (RVS). Anteontem tive essa oportunidade e por sorte ou por azar acabei por ouvir o bloco noticioso que fica para a historia da comunicação social em Coruche.

Quando mudei a estação de rádio que estaria a ouvir, para ouvir as noticias na RVS, nem imaginava a situação caricata que iria testemunhar.

É verdade que já há muito tempo que se escuta "por aqui e por ali" que a RVS segue uma linha informativa tendenciosa, beneficiando quem está no poder e exemplo não faltam a começar pelas inúmeras iniciativas, conferências de imprensa, visitas de deputados, etc, que a RVS simplesmente ignora. Outro exemplo e mais elucidativo da linha informativa dessa estação de rádio é o episódio em que a CDU agenda um ponto na Assembleia Municipal para discutir a saúde no concelho de Coruche e em que o jornalista da estação entrevista a antiga Presidente da Assembleia Municipal e o Presidente da Câmara sem sequer dar oportunidade aos eleitos da CDU de exprimirem as suas preocupações e posições politicas.

Nada no entanto fazia prever o grau de desfaçatez e compadrio do que se veio a passar naquela emissão em especial.

Comecei por escutar o jornalista a narrar as palavras do Presidente da Câmara sobre a aprovação das verbas para a conclusão do Lar da Lamarosa, situação que achei estranha pelo facto de pelo menos à 2 meses esse dado ser conhecido.

Entretanto o bloco de noticias foi decorrendo e as noticias apresentadas eram todas elas referentes à actividade da Câmara Municipal.
Nessa altura comecei  a pensar para mim mesmo que alguma coisa de pouco normal se estava a dar naquele momento e comecei a desenvolver raciocínio, a formular hipóteses e  exactamente aquela que me pareceu ser a mais provável foi aquela  que mais tarde  pude comprovar ser a correcta.

Não admira que o bloco noticioso tenha  sido na integra sobre a Câmara Municipal, pois aquilo que o jornalista se limitou a fazer foi ler na integra para os microfones o conteúdo das páginas: 3, 5, 6, 13, metade das páginas  4, 9 e 21 do Coruche Magazine (boletim municipal) e ainda e de forma dissimulada o convite para as celebrações do 25 de Abril.

Esta situação é o melhor exemplo da  falta  de ética e rigor jornalístico, causado pela relação de dependência financeira que a RVS mantém com a Câmara Municipal de Coruche.

Recorde-se que foi aprovado pela maioria do PS na Câmara, um protocolo que estabelece a transferência mensal de 1500€ dos cofres da autarquia, para a empresa " Apelo à Razão" que detêm o monopólio da publicidade na RVS e que pertence ao Presidente da junta de Freguesia de Santana do Mato, que só por coincidência é também membro da Direcção da rádio.

Enfim uma promiscuidade tamanha, mas que já seria de esperar e pela qual a CDU se bateu contra na Câmara e na Assembleia Municipal.

Mas a critica não deve ser apontada para o profissionalismo ou não dos membros da RVS, uma vez que devido ao  sufoco financeiro que a rádio atravessa, já seria de esperar que o desespero pudesse resultar  no agarrar inconsciente de qualquer "prancha de salvação".

Deve sim ser evidenciado o oportunismo politico que caracteriza a politica do PS na Câmara de Coruche. Para o Partido Socialista em Coruche e à semelhança do que faz o governo de Sócrates, o que interessa é manipular a informação, omitir verdades e criar toda uma ideia de "país das maravilhas".

 O caso que acabei de narrar é apenas e talvez o caso mais visível da máquina propagandista do PS, que sem qualquer  escrúpulo se serve do dinheiro público para de alguma forma financiar a comunicação social regional  e local, condicionando a sua imparcialidade e acorrentando-os aos seus caprichos propagandisticos.


Cada um sabe de si, mas  tal como noutros tempos fiz uma  critica muito forte a um jornal local, aqui também deixo o meu repúdio pela forma como a RVS conduziu este boletim informativo, se é que assim se pode chamar pois parecia mais uma versão audio Coruche Magazine.


Cada um traça o seu caminho à sua maneira, no entanto mais cedo ou mais tarde os coruchenses vão perceber que tanta propaganda têm um preço e que o dinheiro que está a ser canalizado para esse fim, deveria sim estar a servir  para dar melhores condições de vida à população e apoiar as juntas de freguesia ou os coruchenses mais carenciados. 

Um bom exemplo disso é a questão da falta da bombeiros na Freguesia do Couço. Para contratar mais bombeiros de forma ao serviço estar permanentemente aberto não à disponibilidade financeira, mas para a propaganda não se olha a números.


Arre porra que assim é demais.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Jogo das difrenças.

Cá está um desafio para pessoas inteligentes.

A  intervenção que se segue é de Joaquim Banha, Presidente da Junta de Freguesia de Santana do Mato e que não comparece nas sessões da Assembleia Municipal onde são discutidos os cortes financeiros às freguesias, proprietário da empresa "Apelo à Razão" que recebe 1500€ mensais da Câmara Municipal de Coruche para a propaganda na Rádio Voz do Sorraia cujo é membro da Direcção,  ex- sindicalista autor da frase "há trabalhadores e há trabalhadores" e defensor de que o Serviço Nacional de Saúde está em perfeitas condições (pelo menos a julgar pela forma que votou a moção na última sessão da Assembleia Municipal).



O desafio é este: Descubra as 1000 diferenças entre a realidade e o que é dito na intervenção.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

FMI e outras confusões.

Aquando a aprovação do PEC 3 na AR pela maioria do PS e com o apoio do PSD, José Sócrates e Passos Coelho argumentaram com a inevitabilidade e que a aprovação do dito PEC serviria para evitar um mal maior. Sócrates dizia ainda de forma convicta que o mundo tinha mudado numa semana.

Nessa altura o mundo não tinha mudado, a diferença é que as palas que ele tinha nos olhos até ao momento, começaram a descoser-se e então pode começar a observar um bocadinho do que se passava à sua volta.

Pelos vistos não o suficiente, uma vez que persistiu em cometer a mesma politica de direita que o caracterizara até aquele momento e que apenas nos conduziu num rumo de declinio nacional.

Passados alguns meses não posso deixar de ficar abismado com o que os meus olhos viram na última semana; e não é que o mundo realmente mudou!

Quem diria que Manuel Alegre que antes se dizia descontente com as orientações do PS de José Sócrates apareceu agora de mão dada  com este no Congresso! E Fernando Nobre, esse mártir que nunca iria se candidatar à AR e que estava contra todos os partidos, que argumentava ser a cara da cidadania activa, acaba por  se candidatar  pelo PSD!

Ele há coisas realmente fantásticas. Com políticos como estes, cujo a  principal característica é terem a coluna de um caracol, não há volta a dar.
Lamentavelmente estes são alguns protagonistas do agora intitulado arco do poder, que em boa verdade não são mais que o arco  da velha.

Arco da velha politica, daquela que nos conduziu até à dita encruzilhada do FMI.

A direita e a banca não podia estar mais felizes do que com a vinda do FMI, que não virá para ajudar Portugal mas sim os banqueiros e os seus interesses.

Aliás o que nos é transmitido todos os dias é que é inevitável uma incursão do FMI no nosso País, mas será que é? Na verdade não é, existem alternativas.

Olhemos para os países onde o FMI entrou e facilmente podemos constatar que apenas serviu para aumentar o fosso das desigualdades, alienar ao privado as empresas públicas que dão lucro, destruir direitos laborais, aumentar impostos e cortar em reformas.
A alternativa é renegociar a divida, travar um braço de ferro em defesa da soberania nacional e sobretudo promover o emprego, valorizar o trabalho e meter Portugal a produzir. 

Essa é a única alternativa, a vinda do FMI só irá trazer mais do mesmo e a situação irá prolongar-se até o capital assim o entender ou então e essa é a minha esperança, até quando o povo o permitir.

Esta é mais uma dura machada nas conquistas de Abril, resta-nos agora envergar um escudo como defesa e condenar o conjunto de mentirosos e oportunistas que têm governado Portugal (PS, PSD e CDS) e fazer a diferença. Dizer não ao FMI, dizer sim a um Portugal de Abril, soberano , justo e solidário.

Comemorações do 1º de Maio- Santarém.


  • Pelas 15 horas haverá desfile a sair do largo do Shopping em direcção ao Jardim da República.
  • Pelas 16 horas- Intervenção da CGTP.
  • 16h30m- Concerto com a banda "Rubro".
Haverá ainda tasquinha e muita animação.

domingo, 3 de abril de 2011

No dia 1 de Abril combater a mentira em que vivemos.

Embora alguns dos arautos da resignação tentem constantemente passar que a juventude está rendida às inevitabilidades do sistema, no passado dia 1 de Abril milhares de jovens trabalhadores invadiram as ruas de Lisboa, participando na manifestação convocada  pela Interjovem e dando cor às comemorações do Dia Nacional da Juventude.

As imagens falam por si e desmentem a ideia que os sindicatos não chegam aos jovens e que os jovens não se organizam para combater os seus problemas. 

A verdade é que sempre que necessário são os sindicatos que estão nos locais de trabalho para combater as injustiças e ilegalidades, para elucidar os trabalhadores e para os organizar para combaterem por o que é seu. 

A manifestação de jovens trabalhadores é sinonimo disso mesmo, convocada pela estrutura jovem da CGTP, demonstra que os sindicatos continuam a realizar o seu trabalho de classe e que conhecem os problemas e aspirações dos trabalhadores mais jovens, sendo o seu "braço musculado" na luta não só pelo que não querem, mas sobretudo por aquilo que pretendem.

Estas são imagens de uma luta consciente e consequente, imagens das quais se pode fazer um paralelo com lutas de outras épocas e onde foram os jovens com o seu fulgor revolucionário e a sua constante vontade de combater as injustiças, que se colocaram na linha da frente e acabaram por de forma qualitativa alterar o rumo da história.

Os problemas dos jovens trabalhadores não são de todo diferentes dos problemas dos restantes trabalhadores, no entanto são eles de momento as maiores vitimas da politica de direita. A sua determinação é essencial para alterar o rumo de decadência que temos vivido nos últimos anos e certamente que o seu contributo para um País mais justo será grande, pois ninguém melhor do que eles sabe o que são as dificuldades provocadas pelos baixos salários, pela precariedade laboral e pelo desemprego.

No dia 1  de Abril, combateu-se a mentira em que vivemos e embora  a manifestação quase tenha sido silenciada pela comunicação social, provou-se que esta geração não é só uma geração à rasca, mas sim uma geração que sabe o que quer e que está disposta a lutar por isso.