domingo, 3 de abril de 2011

No dia 1 de Abril combater a mentira em que vivemos.

Embora alguns dos arautos da resignação tentem constantemente passar que a juventude está rendida às inevitabilidades do sistema, no passado dia 1 de Abril milhares de jovens trabalhadores invadiram as ruas de Lisboa, participando na manifestação convocada  pela Interjovem e dando cor às comemorações do Dia Nacional da Juventude.

As imagens falam por si e desmentem a ideia que os sindicatos não chegam aos jovens e que os jovens não se organizam para combater os seus problemas. 

A verdade é que sempre que necessário são os sindicatos que estão nos locais de trabalho para combater as injustiças e ilegalidades, para elucidar os trabalhadores e para os organizar para combaterem por o que é seu. 

A manifestação de jovens trabalhadores é sinonimo disso mesmo, convocada pela estrutura jovem da CGTP, demonstra que os sindicatos continuam a realizar o seu trabalho de classe e que conhecem os problemas e aspirações dos trabalhadores mais jovens, sendo o seu "braço musculado" na luta não só pelo que não querem, mas sobretudo por aquilo que pretendem.

Estas são imagens de uma luta consciente e consequente, imagens das quais se pode fazer um paralelo com lutas de outras épocas e onde foram os jovens com o seu fulgor revolucionário e a sua constante vontade de combater as injustiças, que se colocaram na linha da frente e acabaram por de forma qualitativa alterar o rumo da história.

Os problemas dos jovens trabalhadores não são de todo diferentes dos problemas dos restantes trabalhadores, no entanto são eles de momento as maiores vitimas da politica de direita. A sua determinação é essencial para alterar o rumo de decadência que temos vivido nos últimos anos e certamente que o seu contributo para um País mais justo será grande, pois ninguém melhor do que eles sabe o que são as dificuldades provocadas pelos baixos salários, pela precariedade laboral e pelo desemprego.

No dia 1  de Abril, combateu-se a mentira em que vivemos e embora  a manifestação quase tenha sido silenciada pela comunicação social, provou-se que esta geração não é só uma geração à rasca, mas sim uma geração que sabe o que quer e que está disposta a lutar por isso.