quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Deputado do PCP na Lamarosa.


Estou em férias e ainda assim a semana não está a ser nada fácil, estando totalmente concentrado num trabalho de Introdução às Ciências Sociais que tem que ser entregue e para o qual de momento não prevejo qualquer resultado com que me possa vir a considerar suficientemente satisfeito.

Ainda assim, hoje tive a oportunidade de acompanhar o deputado do PCP, António Filipe, em mais uma das suas visitas ao concelho de Coruche.

Para o dia de hoje estava prevista uma visita ao à GNR, cujo em PIDDAC o grupo parlamentar do PCP propôs que fosse atribuída uma verba para a construção do novo quartel, uma visita ao famigerado SUB e por fim uma visita ao Centro de Dia de São José da Lamarosa, que também em PIDDAC já por 2 anos seguidos o PCP propõe a atribuição de verba para a sua conclusão.

Quanto aos primeiros locais acima citados, a GNR pediu para marcar nova visita em Janeiro devido à intensa actividade  de final de ano com que se depara ( motivo atendível) e quanto ao SUB nem uma resposta por parte dos responsáveis da ARS. 
Para além de uma enorme falta de educação esta deve ser  a forma encontrada para depois das declarações da ministra da saúde na semana passada, os responsáveis da ARS exercem o chamado acto de "enterrar a cabeça na areia".
Enfim, percebe-se porquê. Numa altura em que fazem falta meios tão básicos como compressas e pensos rápidos em alguns centros de saúde do distrito de Santarém, gastam-se milhares de euros para satisfazer as necessidades eleitorais do PS e depois os equipamentos ficam por ter o uso para que foram destinados.

A recepção no Centro de Dia da Lamarosa, foi mais uma vez muito cordial e sincera.
Nesta visita onde também esteve presente o vereador da CDU, Valter Peseiro e o eleito na Assembleia de Freguesia da Lamarosa, António Inácio, fomos mais uma vez elucidados do esforço quase inglório que a Associação de Solidariedade Social de São José da Lamarosa tem realizado para que a conclusão  da valência de Lar do Centro de Dia da Lamarosa seja finalmente concluída.

Uma obra que arrancou em 2005 com toda a popa e circunstância, com elevados responsáveis políticos do PS a darem a cara e a servirem-se do esforço desta Associação e ao fim destes 5 anos a obra continua parada e em risco de ser demolida por falta de apoios.
Pior que isto, só a hipocrisia de os mesmos que no passado deram a cara para a comunicação social e que agora chumbam constantemente as candidaturas a fundos desta instituição, recorrendo à mentira e às distorções do projecto para justificarem o injustificável.

A Câmara por sua vez promete e volta a prometer apoio, o que é certo é que em PPI nem um cêntimo está previsto para o apoio a esta obra.

No entanto o mais escandaloso ainda está em risco de acontecer. Para concorrer  ao QREN, a Associação teve que lançar  a obra em concurso. Agora e caso a obra não seja aprovada, o empreiteiro vencedor do concurso terá que ser indeminizado. 

O Lar da Lamarosa a ser construído iria beneficiar todo o concelho de Coruche, dando algum conforto e maior qualidade de vida a alguns idosos do concelho. Idosos que no passado deram o seu contributo ao País e que agora se vêem em dificuldades com as suas magras reformas.

Este é ainda um exemplo como infelizmente, em vez de se apoiar a iniciativa popular, se destrói a vontade dos cidadãos. Falamos de uma Associação que tanto quanto sei tem tido um comportamento exemplar a nível da criação de postos de trabalho e de apoio que dá aos idosos, aos quais inclusive distribuí refeições 2 vezes ao dia, 6 dias por semana.

Uma última palavra para a comunicação social. Nem um jornalista apareceu. Onde está a comunicação social local e regional? É certo que o PCP não paga páginas inteiras de publicidade, mas assim é demais.
 
Fazer só uma ressalva para um jovem jornalista que desde o inicio se mostrou interessado por cobrir a visita e como tal destaco o artigo dele no Link em abaixo.


Para terminar e embora satisfeito com a visita e com o desempenho do PCP que verdadeiramente tem estado ao lado da população da Lamarosa e da conclusão desta obra, irei terminar com a seguinte frase, que certamente para bom entendedor basta: "Tudo isto é triste, tudo isto é fado".

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Nota de imprensa CDU

A CDU exige transparência e verdade na gestão da Câmara.

Vivemos hoje em Coruche uma situação sem paralelo na história da gestão da Câmara Municipal. A maioria PS a pretexto da promoção do concelho tem optado por executar uma politica virada para festas e outros eventos que tem tido como consequência o gasto de muitas centenas de milhares de euros que poderiam e deveriam ser canalizados para investimentos úteis à nossa população.

O orçamento e o plano de investimentos para 2011, que deveriam reflectir uma viragem na política municipal, dando prioridade ao investimento na área social por imposição do Partido Socialista, continuam a reflectir opções e prioridades que passam ao lado dos reais interesses da população sobretudo daqueles que estão a ser mais afectados pela crise e pela politica anti-social do governo do PS.

Vejamos alguns exemplos:
No orçamento e no PPI (Plano Plurianual de Investimentos) aprovados pela maioria do Partido Socialista, a rubrica da “publicidade” tem uma dotação orçamental de 90 mil euros, quando para a habitação social a dotação é de 10 mil euros.
A rubrica de “estudos pareceres e consultoria”, tem como dotação 297.800€, a dotação para apoio através de bolsas de estudo aos jovens com baixos recursos é de 39 mil euros.
A dotação na rubrica “auxílios económicos - famílias” é de 18 mil euros, para as rubricas “Núcleo tauromáquico” e “sinalética do roteiro megalítico” a dotação é de 27.600€.
Para 2011 não está previsto qualquer apoio à valência de “Lar do Centro de dia da Lamarosa”, mas em contrapartida há uma dotação de mais de 300 mil euros para as Festas do Castelo, Feira da Cortiça “Ficor” e outras festas.

Pelos exemplos referidos ficam bem evidentes as prioridades da maioria socialista e os seus critérios na gestão municipal.
 
Um outro traço que marca a gestão socialista é a forma escandalosa, como entregam equipamentos municipais, construídos com dinheiros públicos, a entidades privadas. As situações mais gritantes são a Central de Camionagem, que custou cerca de 1 milhão de euros e que agora foi arrendada ao grupo “Barranqueiro” por 1450€ mensais e o Observatório do Sobreiro e da Cortiça entregue ao “Centro Tecnológico da Cortiça”, instituição dirigida e controlada pelo grupo “Amorim” contra o pagamento de 150€ mensais, um verdadeiro escândalo.

Um outro caso bem revelador de como são mal geridos os recursos do município, prende-se com o apoio da Câmara à realização da telenovela da “TVI”. Até hoje o Presidente da Câmara, tem-se recusado a informar a Câmara e a Assembleia Municipal, quais os custos com este apoio que vem sendo prestado desde há 9 meses.

O que sabemos é que, com o pagamento à GNR, o pagamento de almoços, jantares e combustível, para além de outros apoios que a Câmara tem prestado, os custos serão hoje superiores a 200 mil euros.

A CDU exige transparência, rigor, clareza e verdade na gestão municipal.
Os coruchenses têm o direito de conhecer, como são usados os recursos financeiros do município.
Coruche, 22 de Dezembro de 2010

O Gasóleo.

Agora que o Natal passou e a azafama dos embrulhos e dos "Ferrero Rochés"  ficou para trás, resta a a esperança e a vontade que o ano de 2011 seja um ano onde não se cometam os mesmo erros de 2010.

É o mínimo  que podemos exigir, uma vez que 2011 será  certamente um  ano muito difícil para todos nós, devido às dificuldades acrescidas que iremos passar através da imposição do PEC III.

Como era de prever os mercados não acalmaram, pelo contrário, aproveitaram o gesto de fraqueza do PS e PSD  e o silêncio do Presidente da República, para dar  mais uma volta no garrote que aperta Portugal.
Infelizmente o resultado disso será mais desemprego, maior precariedade, o aumento das desigualdades sociais e a estagnação tanto económica como do desenvolvimento social.

Devemos então exigir mais responsabilidades e  coerência na utilização dos dinheiros públicos.

A situação que a seguir irei referir é o exemplo do que todos nós não deveríamos permitir. Lamentavelmente esta é daquelas noticias que embora os órgãos de comunicação social estejam nas sessões de Câmara ou nas Assembleias Municipais, os seus filtros são finos demais para que passem para o público em geral as noticias deste calibre.

Na penúltima sessão de Câmara o Vereador da CDU, Rodrigo Catarino, questionou o Presidente da Câmara de Coruche sobre o presumível abastecimento dos depósitos das carrinhas da empresa que está a gravar a telenovela em Coruche, na bomba existente nas instalações da Câmara na Zona Industrial. O Presidente, visivelmente incomodado, simplesmente afirmou que iria investigar essa situação.

Já na última sessão de Câmara, no passado dia 22 de Dezembro, o Presidente veio a admitir que desde Julho que essa situação está a acontecer.

Incrível! Talvez por  isso os requerimentos apresentados pela CDU a solicitar a cópia do protocolo entre a Câmara e a empresa em causa, ainda não tenha sido entregue. 
O que estará mais a Câmara a dar a esta empresa? Será que o dinheiro já gasto está a trazer o devido retorno ao concelho?
Uma coisa é certa, no dia 24 tive a oportunidade de dar uma passeio pelo comercio tradicional na vila de Coruche e mal se via gente.

Em contraposição a este esbanjar de recursos públicos, a Câmara ainda está a dever ao Centro Materno Infantil do Couço, cerca de 7 mil euros correspondentes aos meses de Outubro/ Novembro e metade do mês de Dezembro, do protocolo celebrado com esta instituição para o transporte de crianças da freguesia para a escola. 

Também ainda há espera de dinheiro, estão os Serviços  Sociais da Câmara, que continuam a aguardar os apoios correspondentes à ultima prestação de 2009 e à totalidade do ano de 2010.

É caso para dizer que aos olhos da Câmara e da maioria do PS no executivo, em Coruche "uns são filhos e os outros enteados". Sendo os coruchenses os enteados.
 
Estas são as opções do PS em Coruche, opções desligadas da população e das suas necessidades e que visam apenas contemplar os egos e vaidades de uma minoria. Este é o tipo de politica que em 2011 todos devemos contestar e que em 2013 todos devemos penalizar. Enquanto o nosso dinheiro, for assim gerido não haja dúvidas que o País não vai sair do aperto em que está e que não teremos uma vida melhor.

Resta-nos, então, exigir mais  respeito, transparência e seriedade em 2011.

Francisco Lopes em Santarém.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Demagogia, inverdades e muita propaganda.

Atravessamos uma época complicada, onde cada vez mais se pede sacrifícios aos reformados, aos desempregados e aos trabalhadores em geral.
Os senhores do capital, continuam intocáveis e o poder politico em Portugal, orquestrado pelo PS e PSD é lhe subordinado, mantendo os privilégios da banca e do capital monopolista, aumentando dessa forma as desigualdades sociais e empurrando cada vez mais portugueses para a miséria.

A falta de vergonha e de escrúpulos é tanta que hoje o governo, de mão dada com a CIP e a UGT rasgaram o acordo realizado para que o salário mínimo em Janeiro  de 2011 fosse de 500€. Estes últimos ainda argumentam que é na defesa dos postos de trabalho. Incoerência atrás de incoerência, mentira atrás de mentira! O aumento do salário mínimo, correspondia apenas a um aumento de 0,82€ por dia. Migalhas que qualquer patrão pode pagar.

Esta é mais uma das opções de um governo do PS, que ainda a semana passada legislou para que em caso de despedimento, as indemnizações tenham um tecto máximo. A palavra de ordem é a mesma de sempre: Salvar postos de trabalho.
Mas será que cabe na cabeça de alguém que podendo se despedir mais barato, que isso não levará a criar mais desemprego? 
Parece que estou a ver: Patrões a despedir trabalhadores com 20, 30  anos de casa e passado 6 meses, irem buscar jovens que se encarregarão de manterem no limbo da precariedade, com a agravante do seu salário ser inferior a 500€.

Esta é a escola do PS. Enganem-se os que pensam que tal situação só ocorre lá muito longe, pois aqui mesmo no concelho de Coruche, o PS faz das suas.

Foi aprovado a sexta- feira passada, em Assembleia Municipal, o Plano de Actividades e o Orçamento da Câmara para 2011.
Um orçamento feito à medida do ego da maioria PS na Câmara Municipal. Um orçamento que não traz nada de novo, que arrasta as mesmas obras e que à semelhança da politica do governo, castiga os que menos têm para beneficiar os grupos económicos sediados em Coruche.

No ano de 2011, a Câmara corta bolsas de estudo e mantém a verba destinada a esse apoio, contempla a habitação social unicamente com 10 mil euros, não prevê qualquer apoio para o Lar de São José da Lamarosa, corta 10% nas transferências para as Juntas e Colectividades, etc.

No entanto disponibiliza 90 mil euros para publicidade, paga almoços e jantares para actores e técnicos da telenovela, fornece combustível  à empresa em causa e paga à GNR para apoiar as gravações dessa mesma novela.
O PS aprovou ainda que a nova Central de Camionagem, construída através do recurso a fundos do erário público, seja disponibilizada na sua totalidade à empresa que a irá ocupar em exclusividade, pela quantia de apenas 1500€. O mesmo se passa com o Observatório do Sobreiro e da Cortiça,  contruido com dinheiros públicos e que se previa poder servir para institutos públicos ou para apoio a Universidades, foi agora entregue  a uma entidade privada, contra pagamento de 150€ mensais.

Apoiar mais as famílias, Opção Gestionária e habitação social, nem uma palavra.

Este tipo de opção reflecte bem que o PS em Coruche é uma ovelha  negra do mesmo rebanho que as restantes ovelhas negras que  têm afundado o país governo atrás de governo.

2011 será um ano difícil, mas certamente os portugueses e os coruchenses saberão dar a resposta correcta às malfeitorias do PS e irão castigar tanta "Demagogia, inverdades e muita propaganda".

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

A verdade é como azeite.

"Mais ainda, um bluf como a obra do SUB. Obra que serviu para todo o tipo de gincanas eleitorais e que de momento não é mais que um SAP, com a agravante e também por culpa do governo PS das condições de saúde se virem a degradar bastante nos últimos tempos, seja pela ausência de mais um médico que se reformou seja por coisas tão indispensáveis como compressas, pensos rápidos, luvas de qualidade, etc."

Este é  um pequeno excerto da intervenção da CDU sobre o PIDDAC para o ano de 2011, na Assembleia Municipal da passada sexta-feira.

Uma afirmação que tanto o PS como o Presidente da Câmara não ponderam negar, pois estão comprometidos com o seu passado eleitoralista e com a manobra politica que foi o SUB. Na verdade eles sabiam bem que era impossível  com as politicas  de saúde que têm praticado nos últimos anos, que funcionasse um SUB em Coruche, devido à falta de médicos e especialistas no Sistema Nacional de Saúde. 

No entanto essa situação não fez com que evitassem de gastar milhares de euros dos nossos impostos, que poderiam ser investidos em equipamentos ou em material médico, já para não falar na contratação de pessoal auxiliar.

Ainda em Julho, o Vice-Presidente  do concelho directivo da ARS veio a Coruche buscar 10 mil euros para a "Monografia do Centro de Saúde de Coruche" e perante os sorrisos derretidos do PS local, com quem trocava galhardetes ,prometeu que o SUB iria abrir em Agosto. 

Realmente abriu... mas como SAP que já era e com maiores dificuldades do que à um ano atrás, pelas dificuldades já explicadas. Inclusive abriu sem luz na casa de banho... coisas do insólito!

No entanto a verdade é como o azeite: vem sempre ao de cima.


Talvez por isso e já vendo que era impossível esconder por mais tempo a verdade, a Sra. Directora dos Centros de Saúde, também eleita do PS na Assembleia Municipal, nem comentou a intervenção da CDU, coisa que há meses atrás certamente não iria acontecer.

E assim andam o nosso dinheiro, nas mãos daqueles que unicamente têm como objectivos, ganhar eleições para manter o poder e os privilégios que lhe estão associados.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Francisco Lopes avança com toda a confiança.

No passado domingo, o candidato à Presidência da República, Francisco Lopes esteve em visita ao distrito de Santarém.

A manhã foi marcada pela presença de Francisco Lopes junto das populações afectadas pelo tornado, que a semana passada atingiu o norte do distrito de Tomar a Ferreira do Zêzere. Nessa visita, Francisco Lopes afirmou a sua solidariedade para com as populações afectadas e defendeu que a resposta e os apoios deveriam chegar de forma mais rápida neste tipo de situações.


Pelas 17 horas, Francisco Lopes esteve de visita à Freguesia do Couço, onde foi recebido entusiasticamente por uma centena de apoiantes. 

Foi na sessão pública realizada pelo candidato nessa mesma Freguesia que foi apresentado Fernando Aníbal Serafim, como o mandatário concelhio da campanha eleitoral de Francisco Lopes.

Na sua intervenção, Francisco Lopes destacou a necessidade de um Portugal mais solidário e justo. Relembrou ainda a importância que o Presidente da República tem para que esse objectivo seja cumprido e da necessidade que existe em que cada vez mais se faça cumprir a Constituição da República Portuguesa.

No final houve ainda tempo para a confraternização com o candidato, num magusto de convívio.

Quarta- Feira, dia 15 de Dezembro, pelas 18.30 horas, irá se realizar no Fórum Actor Mário Viegas, a cerimónia pública de apresentação do Mandatário Distrital, dos Mandatário Concelhios e da Comissão Distrital de Apoio à candidatura de Francisco Lopes.

A Doninha chegou ao fim.

Se é certo que algumas características em nós são inatas, também não deixa de ser verdade que muitas outras são adquiridas ao longo da vida.

Todos nós crescemos e durante esse processo vivemos alguns momentos únicos, que mais tarde quando os recordamos, sentimos uma sensação de saudade e nostalgia.

Confesso que tenho saudades da idade da adolescência. A idade em que passava noites na "Tasca do Tabacão" com a rapaziada, em que o "Chinês" fumava às escondidas e nos obrigava a ir com ele aos cantos mais escuros só para não correr o risco de ser visto e começar uma coça do pai (lol), as saudades de uma forma de estar descontraída e irreverente, as saudades dos amigos da altura e das noites nos concertos de punk e hardcore.

Lembro-me perfeitamente desses concertos e lembro-me perfeitamente de uma banda que cruzava sons entre o hip-hop e o hardcore e que me deu muitos bons momentos. Bons momentos desde a viagem à Chamusca em que acabamos perdidos num domingo à noite, os copos em Avis ou o concerto em Alcântra na passagem de ano.

Falo dos Da weasel. A doninha deve ter sido a única banda portuguesa de que nunca cheguei a enjoar. Uma banda urbana de mensagens fortes e ideias fixas que conquistaram fãs além fronteiras.
Esta semana nem podia acreditar que me disseram que a banda terminou.

Tão simples como a sua aparição na série juvenil da RTP "Riscos" com o tema "duía", assim desapareceram como uma simples mensagem na página oficial, onde agradeceram aos fãs todo o seu apoio.

O fim da Doninha deixa-me um tanto nostálgico, mas também sei que os seus membros estão envolvidos em bons projectos e dos quais destaco a banda "Dias de raiva" onde o vocalista Pac- Man ou Carlão para os amigos, está inserido.

Deixo este post então como singela homenagem, a uma banda que seguramente por muitos anos vai continuar da dar que falar.
God bless Jonhy!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Vitória do Trabalho contra o capital na Jornada de luta que foi a GREVE GERAL.

Começo por escrever, que infelizmente quem ler este post não pode ver o sorriso com que estou neste  momento.

Doí-me o corpo e tenho sono,  mas ainda assim não quis deixar de escrever estas linhas, pois a satisfação que tenho neste momento é crida por um momento único na vida do povo português. Sinto orgulho por ter participado na realização da Greve Geral e mais orgulho sinto ainda em todos os que nela participaram num gesto de revolta contra um sistema explorador de quem trabalha e numa afirmação da necessidade de mudança de politicas. 

A campanha contra a Greve Geral foi muita, desde patrões que espalharam boatos de que a Greve não era para todos, patrões que exigiram serviços mínimos onde eles não são necessários, bloqueios às reuniões dos trabalhadores, coação de trabalhadores, etc.

No entanto enquanto seguia para Évora esta manhã, ouvi na TSF que a emissão estaria a sofrer problemas devido à Greve Geral e se tinha alguma incerteza em relação ao sucesso da Greve Geral,  nessa altura acabava de cair por terra.

Desde as 0 horas, participei em diversos piquetes de greve e infelizmente  tive que me confrontar com algumas situações no mínimo desagradáveis e que visavam apenas bloquear o direito constitucional à greve.

Dessas situações não posso deixar de destacar o plutão de vigilantes que estiveram à entrada da "Tyco" e que para além de malcriados e insultuosos, tentaram que o piquete de greve saísse para fora do parque de estacionamento da empresa (coisa que lhe é permitido  sem qualquer dúvida) , a directora de recursos humanos da "Kemet" que ainda ontem tentara a mesma proeza e por fim na "João de Deus" o reforço de vigilantes à entrada da empresa que por sua vez se faziam acompanhar de duas chefes de turno que apontavam as reacções dos trabalhadores (gesto muito democrático).

No entanto e embora em alguns  casos estas medidas do patronato até tenham condicionado os trabalhadores na sua opção de aderir à Greve, na maior parte dos casos não foram bem sucedidos.

No distrito de Santarém a Greve foi significativa e muitos locais de trabalho onde antes ninguém aderia a uma greve, hoje foram bafejados com um gesto de liberdade dos seus trabalhadores.

Saliento a coragem e determinação dos trabalhadores da "Teletejo" e "Electrotejo" que fizeram frente às muitas coisas ditas nos últimos tempos pelo patrão e que aderiram à Greve, numa expressão de 50% na primeira e de 8 trabalhadores na segunda.

Mais perto, em Coruche, o Tribunal, as Escola Básicas, a Escola Secundária, a Barranqueiro, as escolas de 1º ciclo, as Juntas de Freguesia, as Finanças, os CTT distribuição e a creche do Couço fecharam totalmente. Na Câmara Municipal a adesão foi de 90%,  sendo residual o número de trabalhadores que optou por não aderir à luta, nas instalações do Rossio e da Zona Industrial do Monte da Barca. No edifício dos Paços do Conselho a resposta dos trabalhadores à não adopção da Opção Gestionária por parte dos eleitos do PS no executivo e aos cortes nos salários decretados pelo governo, tomou forma com a adesão à Greve que só foi quebrada por 12 trabalhadores.

A Greve Geral de 2010 marca uma clara intenção dos trabalhadores portugueses em mudarem o rumo das politicas até agora praticadas. A adesão à Greve de 3 milhões de trabalhadores é um recado ao governo e ao patronato de que estamos fartos de miséria, precariedade, chantagens, desemprego e de imaginar que a geração de amanhã irá ser uma geração com menos direitos que a nossa.

Nem as algumas atitudes de violência que se registaram através de patrões descontrolados ou de abusos das forças policiais, foram capaz de impedir o sucesso da Greve Geral.

Foi a maior Greve de sempre em Portugal. Certamente que o País não vai mudar 180º já amanha, mas alguma coisa irá mudar e uma ideia está assente: Exigimos respeito e a dignidade ninguém nos tira!

A Ministra já nem consegue disfarçar o constrangimento causado pelos números de adesão à Greve, o PSD tenta dar um ar de esquerda para não ficar de fora e o CDS fala ao coração daqueles mesmos a que ajuda a roubar quando vota no parlamento.  
Uma palavra de apresso ao PCP, o meu partido, o partido que realmente defende quem trabalha e que esteve presente de corpo e alma na Greve Geral como se pode sentir em Évora com a presença do deputado João Ramos e em Santarém com a Presença do deputado António Filipe.

Só quem viveu a Greve Geral percebe esta sensação de satisfação e de alegria que sinto neste momento.

Termino este dia com uma enorme saudação a todos os que hoje contribuíram para um Portugal melhor, mais justo e solidário.  Desses terei obrigatoriamente que destacar os que corajosamente estiveram em piquetes de greve. Saúdo então com especial relevo: a comissão sindical da kemet, a comissão sindical da Câmara de Coruche, o delegado sindical dos CTT Coruche e o camarada Paulo Henrique, a comissão sindical da Martifer, os dirigentes sindicais da Póstejo, os dirigentes e delegados sindicais da Barranqueiro, os dirigentes do  sector das madeiras e todos os outros activistas sindicais com que pude participar nos piquetes de Greve.

Pelo sucesso que foi e pelo que representa a vitória desta luta, termino com um efusivo:

VIVA A GREVE GERAL!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Arrancou a Greve Geral.

A Greve Geral convocada pela CGTP, arrancou no dia 23 de Novembro em Évora.

Foram os trabalhadores da KEMET que arrancaram esta jornada de luta.

A adesão foi de cerca de 20 trabalhadores no turno que começava a trabalhar às 8 da manhã. 

Houve ainda uma tentativa de intermissão por parte da directora dos recursos humanos da empresa, que ao chegar à empresa tentou intimidar os membros do piquete de greve, solicitando que saíssem das instalações da empresa. No entanto os trabalhadores não cederam e o piquete continuou a exercer as suas funções nas instalações da empresa.

Viva a Greve Geral.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Um partido que leva as necessidades das populações mais longe.


Arranca a Greve Geral.

Amanhã irá arrancar às 8 horas em Évora a Greve Geral.

A minha ausência neste espaço em muito é devida à preparação desse grande dia de luta.

As expectativas estão altas um pouco por toda a parte e o sentimento de descontentamento e revolta com a politica do governo é grande.

Mais são ainda os que sentem que a Greve é uma forma de mostrarem ao patronato que basta de injustiças.

Também um pouco por toda a parte o patronato tem tentado bloquear e boicotar o sucesso desta luta.
Aínda assim não esperava que o descaramento de alguns responsáveis fosse tão grande. 

Aliás, tratasse de uma enorme provocação o que pude constatar hoje, ao consultar a pagina Web da Câmara  Municipal de Coruche.

Indiferentes aos sacrifícios e às vontades dos trabalhadores coruchenses o Presidente da Câmara convocou a Reunião de Câmara para o dia da Greve Geral. Bem podem falar do alto para os jornais e a tv, dizendo que estão do lado dos trabalhadores e do povo, quando no concreto a sua solidariedade é esta... uma provocação desmedida!


quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Zangam-se as comadres.

E ainda há quem diga que a história não é cíclica!

Pena que em Junho, quando foi para dar de mão beijada 10 mil euros para a publicação da monografia sobre o centro de Saúde de Coruche, a posição oficial do PS na Câmara não fosse essa.


Ingenuidade ou algo que nos ultrapassa?

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Agonização na luta de classes.

Esta semana ficará certamente marcada para muitos como a a semana da aprovação do Orçamento de Estado.

Quanto a esta matéria não vale a pena alargar-me muito. infelizmente, já há muito tempo que se sabia que embora existisse muita agitação à volta da encenação criada pelo PSD que o Orçamento iria ser aprovado.

Já o ditado popular diz: "Os cães ladram, mas a caravana passa". E como não havia a caravana passar, se este Orçamento é um orçamento à boa moda da  direita?

Não pode ainda ser descurado o oportunismo do PSD, que consegue de forma dramática ranger os dentes, chorar, jurar amor à Pátria e por fim, a "bem da Nação", abster-se no Orçamento com argumento  de ter sido melhorado e da sua aprovação ser vital para o desenvolvimento do País. 

Enfim, tretas de quem já só pensa em alcançar uma maioria absoluta, reforçada pelo velho objectivo da direita portuguesa, de ter um Presidente e uma maioria parlamentar de direita.

O Presidente da República por sua vez, homem ponderado e cujo o único partido é Portugal (IRONIA), dá mais umas cartas na sua campanha eleitoral sem outdoors, mas paga por todos nós.

Noutras alturas não apareceu para cumprir impor o cumprimento da constituição e agora é vê-lo todos os dias a trazer lições de ética e moral aos portugueses.

No entanto este Presidente que na verdade não é de todos os portugueses, porque exerce o seu mandato em beneficio de uma minoria e não da maioria, o Presidente da Crise, porque foi ele que não interveio para a bloquear, veio agora tentar demonstrar que é um homem do séc XXI.

Colocou então, alguns comentários ao Orçamento e à sua discussão na Assembleia da República, na sua página no facebook e no Twitter.

Sinceramente, não havia necessidade de tal exibicionismo de baixo custo! A entidade superior em Portugal, banaliza as suas palavras e as suas intervenções em simples comentários de internet.
A figura de Presidente da República não merecia de facto tal desconsideração.

Lamentar que para este fediver tenha tempo e aos trabalhadores da Platex, se tenha limitado a agradecer a recepção de uma carta de apelo à sua intervenção.

Mas falemos  daquela realidade que os trabalhadores portugueses sentem todos os dias no seu trabalho, porque enquanto na AR, PS e PSD trocam galhardetes em como agonizar as condições de vida dos trabalhadores, cá fora sentem-se todos os dias os efeitos das suas politicas.

Esta semana já tive contacto com três casos, em três empresas distintas, em três distritos diferentes e que numa coisa se equiparam: pelo não cumprimento da legislação e pelo desrespeito pelos direitos de quem trabalha.

Em Beja, tive contacto com uma empresa que não discute com os trabalhadores a marcação de férias e que mais grave, se recusa a aceitar justificações de acompanhamento de mulher grávida a consultas pré- natal. Empresa Multinacional Espanhola.

Em Évora , a mesma empresa que se recusa a deixar os trabalhadores gozarem, 22 dias úteis de férias e que em breve irá ser condenada em tribunal por esse acto e obrigada a pagar em triplicado os dias que não concede, teve mais uma atitude autoritária.
Desta vez a empresa serviu-se do facebook de uma trabalhadora para instalar um processo disciplinar com intenção de despedimento a esta mesma trabalhadora. Alega a empresa que a trabalhadora não cumpriu com o dever de lealdade para com a empresa, pelo facto de embora não ter citado o nome da empresa, ter no seu perfil efectuado alguns comentários sobre a administração da empresa.
E é disto que temos,  até o direito à contestação nos tentam retirar. Empresa Multinacional.

Mas para que não se pense que só as Multinacionais é que praticam esta barbárie, por fim termino com o exemplo de uma empresa de telecomunicações no concelho de Coruche.

A empresa a que me refiro, desde sempre realiza atropelamentos em matéria de categorias profissionais, salários, horários de trabalho, etc.

Se há algum tempo abusava na contratação a termo verto, por forma a manter os trabalhadores na incerteza sobre o seu futuro e assim condicionar a sua acção reivindicativa, agora realiza inúmeras contratações a termo incerto, agravando a situação anterior e mantendo estes trabalhadores 
(sobretudo jovens) a contrato até 6 anos.

Mas o conceito que os trabalhadores são descartáveis, toma peso de tal forma  nessa empresa que agora já se dão ao luxo de efectuar despedimentos sem fundamentos legais para o efeito.

Esta semana, a empresa em causa , atingiu o auge em matéria de precariedade, despedindo um trabalhador por este se recusar a realizar trabalho suplementar todos os dias, trabalho que ainda por cima não é remunerado.

A desfaçatez é tanta que o trabalhador tentou ainda falar com o "patrão" para que este não permitisse tamanha injustiça e o Sr. por sua vez deu-lhe a entender que como era um jovem e sem esposa ou filhos, podia bem satisfazer a vontade da empresa.

Desta forma bem pode a empresa em causa utilizar adjectivos requintados como o de "colaborador" para cativar os seus trabalhadores, porque na realidade a velha relação patrão/ trabalhador está bem definida.

O jovem a que me refiro decidiu tomar uma posição de coragem e irá lutar contra este despedimento e certamente irá ser reintegrado na empresa. Uma verdadeira atitude de coragem, contra o sistema.

Estes três exemplos são exemplos bem claros de como a luta de classes se têm agonizado nos últimos tempos. De um lado o patronato apoiado pelo governo e pelo outro os trabalhadores que mais conscientes e cada vez mais atacados pelos primeiros se vêem entre  a espada e a parede e desta forma lutam para preservar o que é seu.

Os comentadores do sistema falam na necessidade do consenso, no entanto ocultam que foi esse mesmo consenso que nos trouxe até ao buraco em que estamos.

Com o OE agora aprovado pelo PS e PSD, o ano de 2011 será um ano de austeridade para os trabalhadores portugueses, austeridade tal que certamente irá provocar as mais diversas jornadas de luta e reforçar a luta de classes, pois começa a ser impossível suportar não só as medidas do governo mas também o ambiente que se vive nas empresas.

Serão então os trabalhadores portugueses que irão castigar os mentores destas politicas e os que as põem em prática e construir um país melhor.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Ainda sobre a EBI do Couço.

Pois bem... parece que afinal não é só criar mega-agrupamentos.

Existem Leis e regras para cumprir, assim como pessoas verdadeiramente interessadas a defender os verdadeiros interesses dos coruchenses.

É desta forma que se pode resumir a integração da Escola EBI do Couço no mega- agrupamento, por parte dos responsáveis políticos da área da educação e com a conivência da Câmara de Coruche.
Dou então a conhecer a pergunta que o Grupo Parlamentar do PCP apresentou ao Ministério da Educação, após a sua vinda ao Couço.

Mais uma vez comprova-se quem está na politica para servir verdadeiramente as populações, quem visita as regiões para desempenhar trabalho e quem continua a defender o ensino público de qualidade e gratuito.


Pergunta do Grupo Parlamentar do PCP

Ahhh... a democracia burguesa!

"Entroncamento, terra de fenómenos
Conta-se em poucas palavras.
As forças políticas representadas na Câmara Municipal do Entroncamento (PSD, PS e BE) pediram uma reunião ao Grupo Parlamentar do PCP (e presumo que aos demais) para dar conta de algumas questões de interesse para o município.
Como deputado eleito pelo círculo eleitoral em que o Entroncamento se integra, e por entender que os deputados devem manter uma relação de proximidade com as pessoas que representam, propus ser eu próprio a deslocar-me ao Entroncamento para a dita reunião, o que foi aceite.
Marcada a reunião para o dia 25 de Outubro às 17 horas, na Câmara Municipal, pedi, como faço sempre, a dois membros da concelhia local do PCP que me acompanhassem.
Qual não foi o meu espanto quando, à porta do seu gabinete, o Presidente da Câmara recusou realizar a reunião com a presença dos meus camaradas da organização local, o que obrigou, como é evidente, a recusar a reunião nos termos que me pretendiam impor. Quando alguém solicita uma reunião ao Grupo Parlamentar do PCP, é ao Grupo Parlamentar, e a mais ninguém, que compete decidir quem o representa.
Em mais de 21 anos de actividade parlamentar, e após muitas centenas de reuniões com entidades públicas e privadas, nunca tinha sido confrontado com um acto de tamanha boçalidade e desconsideração de um Presidente da Câmara para com um Grupo Parlamentar. E não posso deixar de estranhar e lamentar que os demais vereadores, do PS e do BE, fiquem associados a esta indignidade.
Já tinha ouvido falta em fenómenos do Entroncamento, mas francamente, não estava à espera de uma destas."

Texto escrito por:
António Filipe

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Com papas e bolos...

Confesso que nos últimos dias tenho tentado conter-me para não escreve sobre os dois temas que se seguem. No entanto já não dá para engolir mais.

De forma a assinalar o centenário da República, a Câmara de Coruche, promoveu a exposição "100 Anos de República(s), Presidentes da Câmara Municipal de Coruche".

Valorizo o facto de uma exposição sobre o  centenário da República até porque julgo ser de justiça histórica que se lembre porque se fundou a República e quem foram os homens e mulheres que em actos revolucionários deram a sua força e em alguns casos até a sua vida, pelo sonho de uma sociedade em que fosse o povo a decidir e não alguém que teve a sorte de nascer com um anel no dedo.

No entanto não posso deixar de considerar uma ofensa para o concelho, para os coruchenses e para os patriotas e democratas portugueses, a colocação em igual modo de Presidentes de Câmara fascistas, com Presidentes de Câmara Democratas.

O pior é que já não é a 1ª vez que esta situação se sucede. Quem não está lembrado da longa odisseia em torno da estátua do Major fascista?
Nesse processo a Câmara deixou-se enrolar completamente, mas os eleitos do PS ainda tiveram vergonha e na altura de  votar a colocação  da estátua, acabaram por voltar atrás.

Em relação à exposição do centenário da República isso não aconteceu. Todos nós podemos ver na Praça da República, em frente ao edifício dos Paços do Concelho, a forma como fascistas que condenaram o país ao retrocesso e que tanto mal fizeram às gentes de Coruche, em mesmo pé de igualdade que aqueles que ajudaram a conservar a liberdade no concelho e que desenvolveram o concelho através da melhoria das condições de vida dos coruchenses.

Enfim, simplesmente uma vergonha, mas que demonstra bem a sensibilidade  do PS para com o 25 de Abril e o povo que lutou pela sua concretização e manutenção.


Outro assunto que me parece pertinente aqui colocar, é a abertura por parte da Câmara Municipal de um concurso de moda.


Insólito sem dúvida. Mas há uma questão que me surge ao ver ao ver tal "casting".
Quanto vai receber o actor da novela para realizar a sessão fotográfica?

É isto a politica de juventude para o concelho de Coruche?
Não me parece que seja este tipo de iniciativas que vão prender os jovens no concelho.

Depois ainda surgem outras questões puramente éticas.
Então a Câmara diz não ter dinheiro e por isso: aplica a taxa de IMI nos seus valores máximos, aumenta as mensalidades das creches municipais 14%, não actualiza os valores das bolsas de estudo atribuídas, recusa-se a implementar a opção gestionária e para este tipo de iniciativas existe dinheiro?

Pergunto-me o que será mais importante, vender falsas ilusões ou investir o dinheiro dos nossos impostos num verdadeiro apoio aos coruchenses?

Realmente não se percebe, mas parece que a ideia do PS é levar à prática, o famoso provérbio popular: "Com papas e bolos..."




segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Paz sim, Nato não!

Dia 20 de Novembro jornada de luta contra o bloco politico- militar de carácter belicista que  é a NATO.
Para os que ainda duvidam dos efeitos perversos da guerra e das ofensivas militares:

Clique aqui.

Inevitável?

Ontem escrevi algumas reflexões sobre o Orçamento de Estado (OE) para o ano de 2011, que o PS e o PSD nos querem impingir.

Ao que parece e tendo em conta algumas conversas já tidas no café da manhã, existe uma grande revolta por tantas injustiças. No entanto os crónicos do costume, os comentadores do sistema, surgem em catapulta com argumentos sobre a ineviatibilidade do OE.

Comentários que visam apenas a manter as mordomias e os interesses das classes dominantes, nem que para isso o povo tenha que comer o pão que o diabo amassou (entenda-se por diabo os partidos do sistema).


Mas será realmente inevitável este OE?
A resposta claramente é Não!

No passado dia 12 de Outubro, o PCP através do seu Grupo Parlamentar, apresentou em Santarém 20 medidas que ao serem implementadas iriam certamente mudar o rumo do País  e tornar Portugal num País mais justo e financeiramente sustentável.

Passo então a transcrever:

No que respeita ao aumento da receita fiscal, o PCP propõe 5 medidas:

1. A criação de um novo imposto, (o Imposto sobre as Transacções e Transferências Financeiras, ITTB), que taxa em 0,2% todas as transacções bolsistas realizadas no mercado regulamentado e não regulamentado e que taxa em 20% as transferências financeiras para os paraísos fiscais. (receita adicional mínima de, respectivamente 260 milhões de euros e 1500 milhões de euros;

2. A tributação extraordinária do património imobiliário de luxo, através da introdução temporária de uma taxa de 10% de IMT (Imposto Municipal sobre Transacções Onerosas), e de uma taxa de 1% de IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis), onerando a aquisição e a detenção de imóveis e propriedades de valor superior a um milhão de euros (receita não definida);

3. A tributação agravada sobre a aquisição ou posse de bens de luxo, (em sede de ISV, Imposto sobre Veículos, e de IUC, Imposto Único de Circulação), incidindo sobre aviões particulares, iates de recreio e veículos de custo superior a 100 000 euros (receita não definida);

4. A tributação das mais-valias bolsistas, alargando a sua incidência a rendimentos do património mobiliário obtidos por Sociedades Gestoras de Participações Sociais (SGPS), entidades residentes no estrangeiro e fundos de investimentos. (receita adicional mínima de 250 milhões, equivalente à que o Governo estima obter com a tributação em IRS de rendimentos individuais de mais-valias mobiliárias, não entrando naturalmente em linha de conta com a receita da tributação das mais-valias obtidas pela PT pela venda da VIVO);

5. A aplicação de uma taxa efectiva de IRC de 25% ao sector bancário e grandes grupos económicos com lucros superiores a 50 milhões de euros, eliminando os benefícios fiscais que actualmente usufruem, e alargando este regime ao sector financeiro que opera na Zona Franca da Madeira. (receita estimada 700 milhões de euros, cerca de 350 para a banca, o restante para os grupos económicos).

O PCP propõe igualmente 5 medidas de redução da despesa fiscal:

1. Suspensão temporária do regime fiscal de isenção plena de IRS e IRC, ou de quase isenção em sede de IRC (taxa máxima de 5%), aplicável na Zona Franca da Madeira a empresas não financeiras, passando a ser aí aplicável pelo menos a taxa de IRC de 12,5% que incide sobre empresas localizadas no interior do País; (diminuição de despesa fiscal não inferior a 400 milhões de euros, face ao total de 1090 milhões de euros estimado no Relatório do OE de 2010);

2. Redução, de quatro para três anos, do período máximo durante o qual são permitidas deduções de prejuízos fiscais aos lucros tributáveis (diminuição de despesa não definida);

3. Eliminação dos benefícios fiscais, (por exemplo, de IMT e de imposto de selo), aplicáveis a operações de reestruturação empresarial (fusões e cisões empresariais); (diminuição de despesa não definida);

4. Revogação dos benefícios fiscais concedidos a PPR (corte na despesa fiscal de 100 milhões de euros);

5. O fim dos benefícios fiscais para os seguros de saúde – 100 milhões de euros

No que respeita à despesa, o PCP propõe 5 medidas de corte na despesa:

1. A participação das Forças Armadas em todas as operações no estrangeiro - 75 milhões de euros;

2. Abonos variáveis /indemnizações por cessão de funções - cortar 20% – 16 m€;

3. Aquisição de bens e serviços correntes – 1515 m€ , dos quais 396 em estudos, pareceres e outros trabalhos especializados e outros serviços dos quais propomos cortar 50% - cerca de 200 milhões de euros;

4. O fim da transferência de verbas da ADSE para os hospitais privados, cujo montante, certamente de dezenas de milhões de euros, continua a não ser divulgado pelo Ministério das Finanças;

5. O fim definitivo do escandaloso negócio do terminal de Alcântara com a Liscont, que agora avança para um Tribunal Arbitral por proposta da APL, figurino altamente favorável aos grupos privados, como o exemplo do hospital Amadora – Sintra demonstrou.

Para além destas propostas imediatas e concretas, o PCP apresenta ainda 5 medidas contra o desperdício de dinheiros públicos no futuro:

1. A redução para um máximo até cinco membros, de todos os Conselhos de Administração de Empresas Públicas e Entidades Públicas Empresariais, e para um número máximo até três membros dos Conselhos Directivos de Institutos Públicos, não podendo as suas remunerações serem superiores à do Presidente da República;

2. A redução para metade do número do pessoal dos gabinetes dos membros do Governo e de todos os altos cargos do Estado cujos titulares tenham direito a gabinetes idênticos aos de ministros e idêntica redução, para metade, do número do pessoal dos gabinetes dos Conselhos de Administração das empresas públicas;

3. O não estabelecimento de qualquer nova Parceria Público Privada, como forma de concretizar infra-estruturas ou realizar investimentos, a extinção das entidades reguladoras e a reintegração das suas funções na Administração Central, de onde foram retiradas; A não transferência de funções do Estado para empresas públicas em substituição de serviços da administração pública, como acontece com a transferência para uma empresa pública (GERAP) das contratações para o Estado assumindo que é para contratar privados para o desenvolvimento dessas funções;

4. Elaboração urgente, pelo Tribunal de Contas, de uma auditoria completa a todos os fenómenos de desorçamentação no Estado, incluindo as situações de migração para o direito privado e, ainda, para a determinação completa do nível de endividamento do Estado, incluindo o (designado) endividamento oculto;

5. O fim das injustificadas e milionárias contratações de software proprietário na Informática do Estando, cujos custos totais o próprio Governo afirma desconhecer e a efectiva opção pelo software livre.

O PCP vai ainda propor, como forma de melhorar os instrumentos para o combate ao crime fiscal, e na sequência de anteriores iniciativas sobre a eliminação do sigilo bancário que vieram a ter a aceitação parcial na Lei 37/2020, de 2 de Setembro, a eliminação do efeito suspensivo de qualquer recurso judicial sobre decisões tributárias para aceder a informação bancária.

Estas 20 medidas são uma demonstração clara de que as medidas de austeridade previstas no OE não são inevitáveis. Bem pelo contrário, deveriam sim ser evitadas para proteger o cariz social do estado e defender a economia.

Porque não põe em prática o PS estas medidas? Falta de coragem politica e ao mesmo tempo não passar de um instrumento que o Capital utiliza para ajustar contas com a Revolução de Abril e as suas conquistas.

domingo, 17 de outubro de 2010

O Orçamento.

Depois de dois atrasos por parte do governo, na entrega do Orçamento de Estado (OE) para 2011, foi ontem finalmente entregue aos grupos parlamentares o OE.

Mas a trapalhada não se ficou só pelos atrasos. Num enorme acto de falta de rigor e desrespeito pelos organismos democráticos, à versão do OE entregue na sexta-feira à noite,pelo ministro das finanças, faltava parte da documentação. Ainda assim o PS num gesto que não passou de mais uma jogada de fediver, daquelas a que já estamos habituados, tentou fazer toda uma cerimónia à volta do OE ser entregue numa Pen.

Já antes da entrega do famigerado OE para 2011 e de forma a acalmar a banca e o capital, o ministro veio a público anunciar que este OE seria um dos mais duros de sempre e que iria exigir sacrifícios de todos.

Enquanto recebia os  grupos parlamentares, em fase de elaboração do documento, chegou a afirmar que a rigidez e os sacrifícios deste orçamento seriam "de mal o menos”.

Pois bem, conhecido que está o OE a máscara caí mais uma vez.

Mais uma vez comprova-se que este OE não é mais do que uma ferramenta para garantir os elevados lucros e os interesses dos grandes grupos financeiros.


Traduzido em números, aqueles números que realmente interessam ao povo português e aos trabalhadores, porque são os números que controlam a sua vida ao ponto de em muitos casos terem que decidir se compram o pão ou os medicamentos que precisam, o OE é isto:

  • Cortes na educação de 200 milhões de euros.
  • Cortes na saúde de 12,8%. 
  •   Aumento da carga fiscal de 22,5% 
  • Aumento do IVA em 2% 
  • Aumento das deduções fiscais.
  • Cortes nos abonos de família (atingindo 1 milhão e 500 mil famílias).
  • Cortes nas reformas e nos subsídios de inserção social (afectará 3 milhões e 500 mil famílias)
  • Cortes nas deduções relacionadas com saúde e educação.
  •  Cortes nas transferências do estado para a Segurança Social na ordem dos 10%.
 Mas as malfeitorias previstas no OE não ficam por aqui. O descaramento é tal que existem bens essências onde o IVA será aumentado de 6% para 13% (aumento de 127%) e outros de 6% para 23% (aumento de 383%).
Nestes produtos estão incluídos os leites achocolatados, os leites especiais para crianças e leites e sobremesas de soja, que aproveito para lembrar que existe pessoas intolerantes à lactose e como tal estes produtos não são um luxo.

Para além destas medidas homicidas para a vida dos portugueses, o governo PS, irá congelar  ou reduzir salários e eliminar postos de trabalho na função pública.

Dá o dito por não dito em relação ao aumento do salário mínimo para 500€ no próximo ano e incentiva os patrões a baixar os salários.

O PS admite ainda que vai privatizar as últimas empresas que dão lucro ao estado (no desespero de assim encaixar 1,87 milhões de euros) , que vai reduzir as verbas de PIDDAC 10%, que vai reduzir nas transferências para as autarquias 9,5%, que a despesa com os juros da divida vão aumentar mais de mil milhões e que o desemprego irá chegar aos 10,8%.

À pergunta: E quando vai o País voltar ao normal? A resposta do governo é simples: Não sabemos. 

Mas a desorientação é tanta, que quanto à produção nem uma palavra. Este governo não têm qualquer projecto para o País, limitando-se a andar à deriva ao serviço dos interesses de Bruxelas, nem que para isso nos tenha que conduzir a todos à miséria.
E as promessas de taxar a banca? Afinal a crise não é de todos?
É nesse ponto que mais uma vez se pode observar a opção de classe do governo e do PS.
À banca existem ameaças de taxar 0,01%, quanto muito 0,02%.

E aos grandes grupos económicos? Tudo na mesma.

Nunca é demais relembrar, nos últimos 6 meses, 23 empresas em Portugal totalizaram 3 mil milhões de lucros. 6670 milhões hora é o que a Galp, o Grupo Amorim, a Sonae, a EDP, o Grupo Jerónimo Martins , etc, ganharam à custa do suor dos trabalhadores portugueses a quem somente pagam 500 € por mês.

É este o conceito de justiça social do PS? Então e os aumentos das reformas e pensões, dos salários e a criação dos 150 mil postos de trabalho. Mentiras e mentiras!

Este orçamento certamente irá ter uma coisa boa...  irá unir os portugueses no próximo dia 24 de Novembro. Irá unir os trabalhadores e os estudantes na jornada histórica que será Greve Geral.

Agora é a vez de os portugueses dizerem ao ministro: "de mal o menos" se o OE não for aprovado e o Sr.e o governo se forem embora.