terça-feira, 29 de março de 2011

Almoço comemorativo dos 90 anos do PCP- Couço.

No passado sábado 26 de Março, decorreu mais um almoço de aniversário do PCP na Freguesia do Couço.

O almoço preparado na integra pela Organização de Freguesia do PCP no Couço, contou com a presença de cerca de 200camaradas e amigos num clima de alegria e boa disposição.

90 anos não se comemoram todos os dias e por isso mesmo para além da realização do almoço, foi também inaugurado no Centro de Trabalho do PCP no Couço, a exposição comemorativa dos 90 anos do PCP.

As intervenções políticas ficaram a cargo de Ortelinda Nunes da Comissão de Freguesia do Couço e de Octávio Augusto da Comissão Politica do Comité Central.

O almoço foi  também um importante momento de mobilização para a luta que serão as eleições legislativas e para a luta dos problemas concretos da Freguesia, nomeadamente com a necessidade de combater com firmeza o encerramento de serviços públicos no Couço.

Tal como noutros anos, as comemorações do  aniversário do PCP no Couço têm sempre um "sabor" muito especial, ou não fosse esta uma terra onde o seu povo escolheu em massa o PCP para o organizar, reconhecendo que é o partido de quem trabalho e o único que pode lhe servir de ferramenta para atingir as suas justas aspirações.

Assim foi antes de 1974, quando na clandestinidade os comunistas do Couço resistiam contra o fascismo, assim é nos dias de hoje enquanto os comunistas e a população do Couço resistem contra o encerramento de serviços públicos e assim será amanhã quando as novas gerações de comunistas na Freguesia do Couço derem o seu contributo para que em Portugal se construa uma democracia avançada rumo ao socialismo.






Também no Couço, 90 Anos a Lutar.






 As imagens apresentadas são parte da exposição comemorativa dos 90 anos do PCP. Exposição que pode ser observada na integra no Centro de Trabalho do PCP no Couço.
Embora a versão aqui apresentada não esteja nas melhores condições, não posso deixar de agradecer a colaboração do camarada José Casanova que deu o seu contributo através da escrita do texto presente no 4º painel.

domingo, 20 de março de 2011

Muitos Mil para continuar Abril.

Uma semana depois da manifestação da " Geração à rasca", a Avenida da Liberdade voltou a ser palco do descontentamento dos portugueses relativamente às politicas destes governo.

Os trabalhadores portugueses responderam ao apelo da CGTP e vieram aos milhares de todo o País para dizer que estavam fartos da politica de direita e dos sucessivos sacrifícios que lhe são impostos.

É certo que esta manifestação não teve a cobertura mediática que a manifestação do 12 de Março teve, que os jornais e a televisão quase a ignoraram, mas também é certo que mais uma vez o povo saiu à rua em massa e a manifestação de 19 de Março de 2011 voltou a ser uma das maiores de sempre em Portugal.

Amanhã o governo vai entregar na Assembleia da República o PEC 4,  pouco se sabe de tal instrumento mas já se prevê que vem aí mais do mesmo. A linha politica deste governo não se desvia um milímetro e é muito clara: salvaguardar os interesses da especulação e do grande capital financeiro, obrigando o povo a pagar mais e mais impostos, destruindo o estado social e os direitos e conquistas laborais.

Ontem mais uma vez ficou provado que o povo está disponível para lutar e vai continuar a lutar. Isso deveria ser tomado em conta pelo governo, caso não o façam a factura vai sair-lhes cara, pois não é do PSD e da suposta crise politica que têm que ter medo, mas sim do povo e dos trabalhadores. Esses sim quando chegar à altura certa irão penalizar não só o governo mas toda uma linha politica de declínio nacional.

Ontem fomos 300 mil a descer a Avenida, dia 1 de Abril irá realizar-se a manifestação da juventude trabalhadora e serão certamente muitos  os jovens que irão gritar por uma mudança de politicas que voltem a colocar o País no rumo de Abril.




 

domingo, 13 de março de 2011

E Agora Geração à Rasca?

Ontem Lisboa foi palco de uma das maiores manifestações de sempre realizadas em Portugal. 

A intitulada Geração à Rasca veio para as ruas de todo o País, mas em especial na Avenida da Liberdade, exigir uma mudança de politica por um Portugal com mais oportunidades para os jovens que querem trabalhar.

Sem dúvida uma grande demonstração de descontentamento com a actual situação.

Houve alguns que tentaram aproveitar-se desse descontentamento  e capitalizar para o que seria uma situação bastante pior do que a que já vivemos. Infelizmente não foram poucos os membros de extrema direita a infiltrar-se no protesto e a tentar transformar aquela acção num acto anti- democracia e anti- partidos.

No entanto uma preocupação fica neste momento. E agora geração à rasca?

Muitos foram os que pela primeira vez saíram para a rua para lutar pelos seus direitos e certamente que atraídos pelo mote da manifestação, criaram expectativas. No entanto nada muda de um momento para o outro e a situação certamente irá agravar-se, basta ver o PEC que está aí à espreita.

E para onde quer a geração à rasca caminhar? qual é o rumo que pretende traçar?

As expectativas e os anseios desta geração não são de facto diferentes daqueles que trabalham em fábricas e se vêem todos os dias a serem psicologicamente violentados pelos seus chefes ou que recebem um salário de 485€ acompanhado pela incerteza de um contrato a termo, não são diferentes daqueles que se vêem com 50 anos e no desemprego e muito menos são diferentes daqueles que ainda ousam e acreditar num Portugal melhor.

A diferença é uma, é que há longos que aqueles que não têm um curso superior, lutam por esse Portugal melhor e a geração à rasca apenas agora sente que é necessária uma mudança. Sem ressentimentos, estou solidário mas agora é altura de demonstrar que a geração à rasca não é uma geração acomodada como a dos seus pais, que deixaram fugir de entre as suas mãos o socialismo.

O País não vai mudar de um dia para o outro, para transformar a realidade é preciso transpor a vontade expressa na manifestação de ontem, em actos concretos. É a altura de lutarem e combaterem as injustiças nos seus locais de trabalho e de exigirem responsabilidades aos partidos que têm traídos os seus sonhos.

A luta de classes é determinante para a mudança, para isso é necessário também a participação dos milhares de jovens que ontem estiveram na Avenida da Liberdade, no entanto é necessário que estes antes demais percebam o porquê da situação de declínio nacional e a quem serve a actual politica de direita. A geração à rasca tem que se posicionar na luta de classes, tal como foi em Maio de 68, que os estudantes se uniram às lutas operárias para dar um salto qualitativo na sociedade francesa.

A luta de classes ganha mais expressão na rua através da luta de massas e essa é uma arma determinante, não pode ser banalizada ou abandonada. O dia de ontem deve ser apenas o inicio de uma nova fase de contestação. Motivos não faltam: Os barões da direita afiam os seus punhais e o PS faz-lhes mais um jeito já na sexta- feira, dia em que pensa discutir na Assembleia da República uma revisão ao código do trabalho.

Há muito que o PCP e a CGTP lutam pela agora denominada geração à rasca. Há muito que nos dois planos luto pela fim do abuso nos recibos verdes, por mais trabalho. por emprego com direitos e pelo direito ao ensino público gratuito e de qualidade.

Por tudo isto espero agora que no próximo dia 19 de Março a geração à rasca junte a sua voz à voz da CGTP, que há muitos anos luta por um futuro melhor para todos nós trabalhadores  portugueses.
A geração à rasca  na verdade não são mais que jovens trabalhadores em situação bastante precária e o rótulo de jovem não pode servir só para quanto "apetece", mas sim para demonstrar uma irreverência necessária e capaz de transformar.

Dia 19 de Março é o dia ideal para estes milhares de jovens demonstrarem que querem a mudança e que não estou dispostos a baixar os braços. Dia 19 a Luta continua.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Um inevitável Orgulho.

Ao 90º Aniversário do PCP, Partido nascido dos ideais da revolução de Outubro e com o objectivo de servir de forma patriótica o povo português em geral  e em especial as necessidades da classe operária portuguesa, relembro uma velha estátua presente em Almada em memória de Alberto Araújo, vítima do fascismo.

Faço então minhas, as palavras desse camarada: "Os Comunistas não trabalham por outra coisa que não seja a felicidade do povo e nada pedem em troca, e eu não posso deixar de me sentir orgulhoso por pertencer ás suas fileiras."

É muito...!

Há pouco fui informado  de um acontecimento no mínimo insólito.

Há longos anos que a Câmara de Coruche em colaboração com as escolas do concelho de Coruche, organiza um desfile de Carnaval.

Desde sempre que nesse dia a Câmara oferece um lanchinho às crianças que desfilam. É certo que não era muito, apenas uma sandes e um sumo, mas era simbólico e oferecido com agrado.

Pois bem, este ano não. A Câmara decidiu acabar com esse gesto de boa vontade e retirar esse lanchinho às crianças.

De facto, vindo da gestão de maioria PS na Câmara de Coruche, já nada me surpreende. 

Não deixa no entanto de ser lamentável e seria bom que todos os país das crianças abrangidas soubessem que para os seus filhos a Câmara não pode fornecer uma sandes e no entanto para o pessoal da novela (que certamente têm mais necessidades que as pessoas do concelho) já pode fornecer até 60 refeições por dia no refeitório da Câmara ou em restaurantes do concelho.

Deprimente mas é verdade.

PS Faz Mal à Saude.

Embora com  uma semana de atraso, não posso deixar de publicar este post, pelo  simples facto de ser bastante esclarecedor sobre a política de saúde do Partido Socialista e dos seus eleitos.

Há uma semana atrás, na última Sessão da Assembleia Municipal de Coruche, realizei uma intervenção em nome do Grupo Municipal da CDU, onde  para além de uma exposição da situação da saúde no concelho de Coruche, que por sinal é bastante preocupante, era ainda exigidas responsabilidades politicas aos eleitos do PS.

Responsabilidades por apoiarem as politicas do governo que unicamente têm contribuído para a degradação e destruição do Serviço Nacional de Saúde, responsabilidades por em vésperas de eleições terem criado ilusões aos coruchenses e por fim responsabilidades com pactuarem com a situação existente não exigindo responsabilidades ao governo. Em vez disso e por forma a ficarem bem na fotografia e fugirem às suas responsabilidades, aparecem numa manifestação em frente ao Centro de Saúde de Coruche exigindo médicos de família.

É certo que tamanha solidariedade junto da população idosa e a participação numa manifestação organizada de forma sectária, com intenção apenas de dar protagonismo a dirigentes e eleitos do PS, é capaz de servir de areia nos olhos de alguns, mas para os mais atentos não.

Então é no Centro de Saúde que estão os responsáveis pela falta de médicos? Não. Então porque não se mobiliza a população para Almeirim onde estão os destacados quadros políticos do PS que são responsáveis pela Administração dos Centros de Saúde? Ou para o Governo Civil?  É lá que está a responsável politica do distrito de Santarém. E porque não até à Assembleia da República ou até ao Ministério da Saúde? A Ministra da saúde é a responsável por todo o descontrolo existente.
É claro que isso seria mais difícil e colocaria os lobies locais em causa, ou pior obrigaria os eleitos do PS em Coruche a admitir que tudo o que disseram nas eleiçções em relação à saúde no concelho era categoricamente uma mentira.

Como seria de esperar a intervenção não foi pacifica e os eleitos do PS rapidamente montaram um cenário de descontentamento com o governo e de distanciamento das politicas de saúde do mesmo. O Presidente da Assembleia Municipal chegou mesmo a dizer: "O governo mentiu". Mas como o teatro ainda não estava suficientemente dramático alguns mais corajosos tiveram ainda a desfaçatez de utilizar o seguinte argumento: " Nós não temos problemas de pensar pela nossa cabeça e dizer mal do governo, já outros não a teriam". Uma autentica pérola de demagogia quando confrontado com o que se passou cinco minutos depois.

O PSD apresentou uma moção, que de facto não era controversa ou ofensiva para ninguém e que unicamente exigia responsabilidades ao governo.

É então neste momento que se dá a reviravolta e os pensadores liberais do regime autoritário do PS, se erguem de forma heróica em defesa da honra do governo.

De facto um momento espectacular e único onde se pode constatar as maravilhas resultantes do pensamento livre do PS. Era ver os eleitos todos do PS contra a moção e na altura da votação somente tiveram vergonha e assumiram o discurso por si encetado minutos antes.

Como se isto não bastasse serviram-se ainda os eleitos do PS de um conjunto de situações mais ou  menos pontuais para defender a politica de saúde do governo e responsabilizar os reformados e os utentes porque segundo estes, vão demasiadas vezes ao médico por coisa pouca.

 Só não conseguem esconder os verdadeiros números e esses são de fácil compreensão: há 20 anos haviam 16 médicos no concelho de Coruche e actualmente só existem 9. Cada médico têm mais de 1800 utentes quando no máximo deveria ter 1500.


Depois ficam indignados com a minha afirmação de responsabilização por conivência com o sistema? Basta olhar para o terreno, sentir o dia a dia e facilmente podemos constatar que a qualidade dos cuidados de saúde no concelho de Coruche pioraram e que o PS e os seus dirigentes e eleitos nada fizeram. Bem pelo contrário em 2009 lançavam os foguetes e faziam a festa sozinhos... pois bem agora deveriam também apanhar  as canas.


Da minha parte, pessoalmente não me admira nada esta posição do PS, bem pelo contrário prova mais uma vez que para o que é realmente  essencial para o bem estar e a qualidade de vida das populações, o PS foge às suas responsabilidades.


Nem uma simples moção são capaz de aprovar quanto mais mobilizar para combater os problemas.


Só espero que a população da Lamarosa saiba deste triste acontecimento, mas não me parece que isso vá passar para fora da Assembleia Municipal, pois infelizmente o novo "Patrão" da Rádio Voz do Sorraia, enquanto eleito e dirigente do PS foi um dos que votou contra a moção.


É caso  para dizer que o PS faz mal à saúde.

quarta-feira, 2 de março de 2011

IFM- Platex, uma História de Resistência e Luta.



Não posso deixar de ficar orgulhoso de ter participado nesta batalha. Uma batalha que visou sobretudo a defesa do direito constitucional ao trabalho, a defesa da produção nacional e da soberania nacional.

Quando alguns dizem que não vale a pena, que a o mercado é que manda, que não existem postos de trabalho para a vida e que os trabalhadores têm que resignar-se à situação existente, esta foi uma vitória que provou que a inevitabilidade não é mais de que uma opção.

A luta dos povos e dos trabalhadores é determinante para a mudança das sociedades e neste caso em concreto, em que governo e Presidente da República abandonaram estes trabalhadores à sua sorte, estes provaram que é possível resistir e com a sua luta preservaram 100 postos de trabalho com direitos e vencimentos bem acima da média nacional.

Mas se alguns abandonaram estes trabalhadores, o PCP não o fez e desde o inicio da batalha em que comissões concelhias levaram solidariamente refeições aos trabalhadores em vigília, às duas perguntas colocadas na AR pelo Grupo Parlamentar, foi sempre o PCP quem apoiou estes trabalhadores.

Lamentavelmente alguns dos trabalhadores não foram reintegrados na fábrica, mas ainda assim puderam receber  uma boa parte da indemnização a que tinham direito, coisa que nunca teria acontecido se não fosse o seu empenho e a sua luta "heróica".

Por fim e em gesto de homenagem, um obrigado aos trabalhadores da IFM pela forma como certamente irão servir-me de exemplo para o futuro e uma especial saudação para os delegados sindicais: Tó zé, Basílio, Mário, Domingos, Zé Carlos, Monteiro e para o Dinis.

Praga.

De facto a República Checa já não é o que era. De 
De visita a Praga, pude constatar com os meus olhos e sentir nas algibeiras o quebrar de um mito financeiro.
Enganam-se os que dizem que nas antigas Repúblicas Soviéticas as pessoas têm pouco poder de compra e que o euro é a verdadeira moeda forte.
É certo que algumas heranças ficaram do socialismo, como é o caso de o alojamento e a comida ter um custo aceitável, enquanto que futilidades têm um preço superior, no entanto tenho que dar o devido valor a um povo trabalhador e que já nos ultrapassou e deixou agarrados há muito tempo à cauda da UE.
Dá que pensar...

O monumento da fotografia é dedicado à vitória dos Aliados e do povo Checo na II Guerra Mundial.

Importante não esquecer que a comunidade Judaica de Praga, fora uma das mais sofredoras da perseguição do holocausto nazi.