segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Presidenciais 2011... a Luta continua!



Agora que as urnas fecharam e os votos foram contados já é certo que nos próximos anos, o povo português poderá contar com tudo menos com um Presidente da República actuante na defesa da constituição e dos seus direitos.
 
Cavaco Silva, o Presidente da Crise, o individuo que enquanto primeiro ministro foi um dos principais responsáveis pela destruição do sector produtivo em Portugal, pela degradação dos serviços públicos e que agora enquanto  Presidente foi um dos responsáveis pelo código do trabalho, pelo agravamento das condições de vida de milhares de portugueses, foi reeleito.

De destacar nesta eleição o favor que o PS fez à direita em Portugal. Favor construído dia após dia com as suas politicas, com o seu candidato que não é mais de que um dos homens do sistema e um dos responsáveis pelo declínio nacional, favor pela campanha que não fizeram. Nunca é demais relembrar, que em Coruche por exemplo nem um papel o PS distribuiu para ajudar a combater o candidato da direita. Situação essa que revela a verdadeira faceta do PS: um banco de emprego para boys   e outros parasitas. 

Depois houve ainda a abstenção que pelos seus números recorde é bem sinal do desencanto que reina hoje no povo português. Desencanto causado pelo facto de PS e PSD praticarem as mesmas politicas. Politicas destruidoras dos sonhos dos jovens e que leva muitos a pensar que "não vale a pena". Desencanto, sinónimo do estado a que a educação chegou e da falta de valorização da democracia participativa.

Em vez disso ensina-se outras coisas, talvez para não incomodar os mesmos de sempre. Ainda ontem na Escola de Santo Antonino vi um trabalho sobre Américo Tomás e os seus feitos. Grande exemplo para as novas gerações. 

O futuro que aí vem já se adivinha difícil para todos e em especial para quem trabalha. A direita mais reaccionária já faz contas à vida. Ainda esta manhã o CDS parecia uma matilha de hienas a esboçar planos de ataque para chegar a um futuro governo, deixando no ar a hipótese de apresentar uma moção de censura que derrube o governo e que abra as portas ao PSD que ficaria bem na fotografia em troca de um ou dois ministérios.

Quanto a Francisco Lopes esteve à altura do desafio a que se prestou. Foi o único candidato que se mostrou realmente preocupado com todos os portugueses e conseguiu não só agarrar o eleitorado mais próximo do PCP, como também novas camadas.
O apoio à sua candidatura foi visível no crescente em que a sua campanha se tornou e no elevado número de jovens, mulheres, idosos, intelectuais e trabalhadores depositaram na sua candidatura.

Francisco Lopes não foi eleito, mas esta foi apenas mais uma fase da luta por um Portugal melhor, por uma sociedade mais justa e fraterna, na luta pelo socialismo.

A campanha de Francisco Lopes levou mais alto essa luta e a esperança que transmitiu através da sua acção é um contributo importante para o reforço dessa mesma luta.

Francisco Lopes não é Presidente da república, mas a luta continua e a sua candidatura é o reflexo de uma vitória que mais cedo ou mais tarde irá chegar.