quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Deputado do PCP na Lamarosa.


Estou em férias e ainda assim a semana não está a ser nada fácil, estando totalmente concentrado num trabalho de Introdução às Ciências Sociais que tem que ser entregue e para o qual de momento não prevejo qualquer resultado com que me possa vir a considerar suficientemente satisfeito.

Ainda assim, hoje tive a oportunidade de acompanhar o deputado do PCP, António Filipe, em mais uma das suas visitas ao concelho de Coruche.

Para o dia de hoje estava prevista uma visita ao à GNR, cujo em PIDDAC o grupo parlamentar do PCP propôs que fosse atribuída uma verba para a construção do novo quartel, uma visita ao famigerado SUB e por fim uma visita ao Centro de Dia de São José da Lamarosa, que também em PIDDAC já por 2 anos seguidos o PCP propõe a atribuição de verba para a sua conclusão.

Quanto aos primeiros locais acima citados, a GNR pediu para marcar nova visita em Janeiro devido à intensa actividade  de final de ano com que se depara ( motivo atendível) e quanto ao SUB nem uma resposta por parte dos responsáveis da ARS. 
Para além de uma enorme falta de educação esta deve ser  a forma encontrada para depois das declarações da ministra da saúde na semana passada, os responsáveis da ARS exercem o chamado acto de "enterrar a cabeça na areia".
Enfim, percebe-se porquê. Numa altura em que fazem falta meios tão básicos como compressas e pensos rápidos em alguns centros de saúde do distrito de Santarém, gastam-se milhares de euros para satisfazer as necessidades eleitorais do PS e depois os equipamentos ficam por ter o uso para que foram destinados.

A recepção no Centro de Dia da Lamarosa, foi mais uma vez muito cordial e sincera.
Nesta visita onde também esteve presente o vereador da CDU, Valter Peseiro e o eleito na Assembleia de Freguesia da Lamarosa, António Inácio, fomos mais uma vez elucidados do esforço quase inglório que a Associação de Solidariedade Social de São José da Lamarosa tem realizado para que a conclusão  da valência de Lar do Centro de Dia da Lamarosa seja finalmente concluída.

Uma obra que arrancou em 2005 com toda a popa e circunstância, com elevados responsáveis políticos do PS a darem a cara e a servirem-se do esforço desta Associação e ao fim destes 5 anos a obra continua parada e em risco de ser demolida por falta de apoios.
Pior que isto, só a hipocrisia de os mesmos que no passado deram a cara para a comunicação social e que agora chumbam constantemente as candidaturas a fundos desta instituição, recorrendo à mentira e às distorções do projecto para justificarem o injustificável.

A Câmara por sua vez promete e volta a prometer apoio, o que é certo é que em PPI nem um cêntimo está previsto para o apoio a esta obra.

No entanto o mais escandaloso ainda está em risco de acontecer. Para concorrer  ao QREN, a Associação teve que lançar  a obra em concurso. Agora e caso a obra não seja aprovada, o empreiteiro vencedor do concurso terá que ser indeminizado. 

O Lar da Lamarosa a ser construído iria beneficiar todo o concelho de Coruche, dando algum conforto e maior qualidade de vida a alguns idosos do concelho. Idosos que no passado deram o seu contributo ao País e que agora se vêem em dificuldades com as suas magras reformas.

Este é ainda um exemplo como infelizmente, em vez de se apoiar a iniciativa popular, se destrói a vontade dos cidadãos. Falamos de uma Associação que tanto quanto sei tem tido um comportamento exemplar a nível da criação de postos de trabalho e de apoio que dá aos idosos, aos quais inclusive distribuí refeições 2 vezes ao dia, 6 dias por semana.

Uma última palavra para a comunicação social. Nem um jornalista apareceu. Onde está a comunicação social local e regional? É certo que o PCP não paga páginas inteiras de publicidade, mas assim é demais.
 
Fazer só uma ressalva para um jovem jornalista que desde o inicio se mostrou interessado por cobrir a visita e como tal destaco o artigo dele no Link em abaixo.


Para terminar e embora satisfeito com a visita e com o desempenho do PCP que verdadeiramente tem estado ao lado da população da Lamarosa e da conclusão desta obra, irei terminar com a seguinte frase, que certamente para bom entendedor basta: "Tudo isto é triste, tudo isto é fado".