terça-feira, 14 de setembro de 2010

A verdade a que temos direito.

Embora o Sr. Sócrates e os seus lacaios queiram continuar a fazer parecer que o PEC não é tão grave como tudo isso e que é a única forma de salvar as contas do país, a verdade é bem diferente.

A CGTP fez as contas e são sem dúvida significativos os cortes nos apoios sociais, mostrando mais uma vez este governo PS, do lado de quem está e para quem governa; o grande capital e os interesses financeiros deste.



Anteriormente todos os membros da família valiam o mesmo.

Se o rendimento de um dos elementos do agregado fosse 1000€ e esse agregado fosse composto por 5 pessoas, era 1000:5= 200€ per/capita.


Neste caso o beneficiário tinha acesso ao subsidio social, porque estava abaixo dos 335,37€.

Agora não é assim: O requerente vale 1, cada individuo maior 0,7 e o indivíduo menor 0,5.
1000€ : 2,7= 370,30€


Agora neste caso o beneficiário não tem acesso ao subsídio social de desemprego.

Mas as malfeitorias não  se ficam só por aqui! Também o conceito de "agregado familiar" mudou e passaram a ser considerados  membros de  "agregado familiar",  todos aqueles que vivam de baixo do mesmo tecto e tenho entre si relações familiares.


Para que se perceba em que altera, passo a indicar dois exemplos:


Um agregado familiar cuja composição é o casal, 2 filhos menores e 1 idoso na dependência económica:
Rendimento de trabalho de um dos conjugues: 900€  ilíquidos

Rendimento pensão idoso: 300€

Total: 1200€


Antes:

1200€ : 5=240€


Agora:

1200€ : 3,4= 352,90€


Este agregado deixa de ter acesso ao subsídio social de desemprego.

1 casal, com 2 filhos menores e 1 filho maior independente economicamente mas que habita em conjunto.

Antes:
Rendimento de 1 dos conjugues: 900€ ilíquidos
900€ :4= 225€ (casal mais dois filhos menores)


Agora:
Rendimento de um dos conjugues: 900€ ilíquido.
Rendimento do filho maior: 500€ ilíquido€

Total: 1400€ ilíquidos

1400€ : 4,1= 341,40€


Este agregado deixa de ter acesso, sendo o filho  maior e independente, declarando o seu IRS e passando então o seu salário a ser considerado como parte do "bolo" do orçamento familiar.

Infelizmente são estas as verdadeiras consequências do PEC do Partido Socialista, aprovado com a conivência do PSD.
As prestações sociais diminuem junto de quem realmente precisa, aumentando desta forma a dependência dos trabalhadores junto do patronato e aumentando a miséria social que cada vez mais se sente pelo país.

Os mais jovens há semelhança de outros tempos, passaram também  com os seus baixos salários, a ter que contribuir para o orçamento familiar, empenhando desde cedo o seu futuro.

Enfim... esta é a verdade a que temos direito.